Faixa-preta desde 2015, Lucas “Hulk” Barbosa é, hoje, um dos melhores competidores de Jiu-Jitsu da atualidade na sua divisão. Campeão em quase todos torneios que disputa, inclusive no Europeu e Pan da IBJJF, realizados no início de 2018, Hulk voltou a vencer no ACB JJ 12, sediado no Cazaquistão, no último sábado (14), em disputa bastante acirrada.
No duelo contra Jackson Sousa (Checkmat), na categoria até 95kg, Lucas fez bom uso de suas quedas e do jogo de pressão para sair vencedor por decisão dividida dos árbitros. Com esse triunfo, o aluno de André Galvão quer começar sua trajetória até o cinturão da categoria no ACB JJ, e comentou sobre o combate contra o experiente Jackson Sousa.
“Tentei jogar pra frente o tempo todo e pude aplicar algumas quedas como, por exemplo, o single leg. Tive boas oportunidades durante a luta e apesar de não ter concluído algumas quedas, consegui entrar em bons ataques. Isso tudo me ajudou a decidir a luta”, contou Lucas, antes de destrinchar a evolução do seu Jiu-Jitsu nos campeonatos mais recentes.
“Hoje em dia venho fazendo de tudo no meu jogo, porque na faixa preta é tudo diferente. Na faixa marrom, eu fazia bastante passagem de guarda e não fazia muita guarda. Mas na faixa preta, você precisa estar com seu jogo sólido, por baixo e por cima, para ser campeão. É isso que venho fazendo. Sempre viso melhorar minha parte fraca e tento mudar meu jogo. Tanto por baixo quando por cima, onde cair, vou saber lutar. Essa minha evolução se deve a Atos, pois depois que mudei para cá, abri mais a mente para vários tipos de jogo, como a guarda-lapela, De La Riva e berimbolo, entre outras posições”.
Hoje o quarto melhor faixa-preta do mundo, de acordo com o ranking da IBJJF, Lucas aproveitou para voltar no tempo em que era apenas mais um jovem sonhador em Roraima, no Norte do País, e recordou os tempos difíceis no início da sua trajetória na arte suave.
“O passado foi um tempo difícil. O que consegui fazer é algo incrível, algo que ninguém em Roraima fez. Eu sou, no meu estado, o cara que conseguiu fazer tudo o que fiz no Jiu-Jitsu e com certeza faço parte da história do Jiu-Jitsu roraimense. É muito gratificante para mim. Amo o lugar de onde eu vim e ver isso tudo que aconteceu é algo incrível. Espero inspirar a galera de Roraima. Vim de um lugar longe e lutei pelo meu espaço. Hoje estou nas cabeças do Jiu-Jitsu da atualidade. Fico feliz com tudo isso. Ver o passado, todo aquele tempo ruim, e nunca desistir”, encerrou o campeão, que volta a lutar no ACB JJ 13 ou no Brasileiro.
