Aly cita ‘arapuca’ de Meregali no Mundial 2019 e analisa nível: ‘Todo ano melhora’

Aly cita ‘arapuca’ de Meregali no Mundial 2019 e analisa nível: ‘Todo ano melhora’

Por Diogo Santarém

Um dos grandes favoritos ao título na categoria dos super-pesados no último Mundial de Jiu-Jitsu, realizado pela IBJJF no início de junho, na Califórnia (EUA), o faixa-preta Mahamed Aly acabou sendo parado na final por Nicholas Meregali. O triunfo do gaúcho da Alliance veio por finalização, surpreendendo os fãs que esperavam por mais equilíbrio.

Bastante sincero e analisando a final com frieza, Mahamed, em entrevista à TATAME, garantiu que chegou no Mundial no seu auge, porém, caiu em uma “arapuca” de Meregali, reconhecendo os méritos do adversário que chegou ao seu bicampeonato mundial.

“Eu fiz um camp excelente! Me senti muito melhor do que ano passado. Não só melhor, mas mais rápido, mais forte e mais malandro. Mas realmente era o dia do Nicholas. Eu estava muito bem. Ele me fez errar e eu caí na arapuca dele”, afirmou Aly, elogiando ainda o nível do torneio como um todo, que em 2019 bateu recorde de participantes.

“Todo ano o nível melhora, né. Eu me surpreendi porque achei que veria todo mundo fazendo lapelas. Até treinei bastante para defender esse jogo de lapelas, mas me surpreendi. A galera que tentou fazer esse jogo não conseguiu chegar nesse ano”, disse.

Dono de um canal no YouTube onde debate diversos temas relacionados à arte suave e dá sua opinião, o casca-grossa analisou os principais destaques do Mundial na sua visão, ressaltando o fechamento do absoluto masculino entre Marcus Buchecha e Leandro Lo.

“Eu acho que foi lindo. Eles são amigos e sempre fecham o absoluto. Acho que nós temos que tomar vergonha na cara e evoluir para conseguirmos fazer finais de Mundial também (risos). Tiveram muitos outros destaques também, em momentos diferentes da carreira. Foi lindo ver o Kaynan Duarte ganhar da forma que ganhou; lindo ver o Musumeci vencer o Bruno Malfacine (apesar de ser fã número 1 do Bruno); lindo ver o Buchecha faturar outro ouro duplo; lindo ver a molecada da Cícero Costha fechar o pódio no peso pluma e dar o título para o João Miyao; lindo ver o Lucas Lepri ganhar de novo; lindo ver a Nathiely Jesus tirando onda; etc, Eu sou fã não só do Jiu-Jitsu, mas das histórias. Eu presto atenção nas pessoas e tento entender suas histórias. Fiquei ali no ginásio assistindo e admiro muito todo mundo que chega. Cada um com a sua história. É lindo de se ver”, afirmou.

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Passado o Mundial, Mahamed Aly realizou um tour com nove seminários e algumas aulas particulares. O foco, porém, já está de volta nos treinos. Para o segundo semestre de 2019, o representante da Lloyd Irvin vai com tudo no sem quimono, com participações garantidas no IBJJF Pro League e ADCC, marcados para os meses de agosto e setembro.

“Quero chegar bem preparado. Vou treinar e melhorar em todos os sentidos. Independente dos campeonatos, estou muito feliz com a fase que estou vivendo e quero aproveitá-la”.