Mais títulos mundiais, ouro no ADCC e até ‘curiosidade’ com MMA: Gabriel Arges analisa próximos objetivos da carreira

Mais títulos mundiais, ouro no ADCC e até ‘curiosidade’ com MMA: Gabriel Arges analisa próximos objetivos da carreira

* Há alguns anos, grandes nomes do Jiu-Jitsu, após construírem uma carreira sólida na modalidade, migravam para o Vale-Tudo/MMA em busca de novos desafios e segurança financeira. Na época, não era tão comum os torneios de Jiu-Jitsu pagarem premiação em dinheiro. Atualmente, o cenário vem mudando e os atletas de ponta na arte suave podem decidir se querem ou não iniciar uma transição para o MMA, como é o caso de Gabriel Arges.

Dono de três títulos mundiais pela IBJJF e importantes conquistas na AJP Tour, Arges revelou à TATAME que tem uma “curiosidade” de lutar MMA, mas se tem a pretensão de seguir carreira profissional na modalidade.

“É quase uma arrogância eu querer seguir uma carreira no MMA se não tiver a fome que tenho no Jiu-Jitsu. É o que me leva a treinar forte, a competir todo fim de semana, fazendo o que eu gosto. Para um cara que é campeão mundial de Jiu-Jitsu e entrar no MMA, ele começa como faixa-branca. Você migrar para o MMA só pela questão financeira, acho que não é certo”, apontou o faixa-preta da Gracie Barra, que seguiu:

“Um motivo muito maior do que o financeiro é a sua vontade. Se você não tiver aquela vontade de seguir carreira, é uma arrogância você achar que dará certo. Por respeito ao esporte, eu nem falo que vou seguir carreira no MMA, mas eu tenho sim uma vontade de fazer algumas lutas por estar envolvido com muitos lutadores do UFC e assistir ao camp deles. Se muita gente acha que passar por um camp de Jiu-Jitsu é complicado, camp de MMA é outro patamar. Tenho a curiosidade de lutar, mas não planejo seguir carreira”.

Além do MMA, que é um objetivo ainda distante para Gabriel Arges, outros dois focos do atleta estão em seguir sendo campeão mundial pela IBJJF e faturar o tão sonhado ouro no ADCC, considerado o maior torneio de luta agarrada do mundo. O faixa-preta, que lutou o evento em 2019 e saiu nas quartas de final para Matheus Diniz, afirmou que sabe o que é preciso para melhorar e tentar o título em 2021.

“Eu tinha uma vontade muito grande ganhar, não estava na melhor forma, mas estava preparado para chegar lá e lutar bem (em 2019). Acho que fiz uma boa performance, mas eu sei de tudo o que tenho que melhorar para poder chegar e ganhar o próximo. Essa coceira do ADCC chegou em mim (risos). Obviamente, quero lutar muitos Mundiais de quimono e fazer história na IBJJF, mas o ADCC está com uma coceira. Então, estou com bastante fome de chegar no ADCC do ano que vem para conseguir levar”, concluiu.

No bate-papo, o atleta de 27 anos ainda comentou como é conciliar ser professor e atleta, sua relação com as feras Felipe Preguiça e Romulo Barral, o momento de pandemia do novo coronavírus e muito mais.

Confira abaixo o vídeo da entrevista completa com Gabriel Arges:

* Por Yago Rédua