Marina Rodriguez reforça busca por cinturão do UFC após primeiro revés e diz: ‘Farei por merecer o posto de desafiante’

Marina Rodriguez reforça busca por cinturão do UFC após primeiro revés e diz: ‘Farei por merecer o posto de desafiante’

* Até então invicta no MMA, com 12 vitórias e dois empates, Marina Rodriguez teve pela frente a ex-campeã Carla Esparza no UFC on ESPN 14, realizado no último dia 25 de julho, em Abu Dhabi, e uma vitória a colocaria em posição privilegiada na categoria peso palha feminino. No entanto, após três rounds de um equilibrado combate, a brasileira acabou sendo derrotada na decisão dividida dos jurados e, além de perder sua invencibilidade no esporte, precisou adiar momentaneamente seus planos de chegar ao Top 5 da divisão, que tem a chinesa Weili Zhang como atual campeã.

Atualmente em nona no ranking peso-palha, a gaúcha terá que “reconstruir” sua caminhada na categoria. Ciente de que uma vitória contra a ex-campeã seria de extrema importância no atual momento da sua carreira, Marina não desanimou com o revés sofrido e, em entrevista à TATAME, falou sobre seus planos.

“É o nosso objetivo (cinturão) desde que entramos no UFC. Lutar, evoluir e chegar na disputa de cinturão. Acredito, sim, que essa oportunidade vai chegar e não está muito longe, independentemente do resultado da minha última luta, pois vamos seguir com o trabalho cada vez mais detalhado para evoluir e podermos estar prontos quando essa oportunidade chegar. E quando chegar, temos certeza que vai ser uma grande luta. Independentemente do resultado, eu vou fazer por merecer ser uma desafiante ao título”, projetou.

Confira o restante da entrevista com Marina Rodriguez: 

– Avaliação do duelo contra Carla Esparza

Foi uma luta dura, uma briga de estilos. A Carla (Esparza) faz muito bem o jogo único dela, que é derrubar e amarrar a luta. Acabei aceitando o jogo de chão após as quedas dela, pois eu estava conectando bons golpes de baixo pra cima, onde abriu e inchou o olho esquerdo dela com as cotoveladas. Por ela ter o domínio maior de tempo em posição de vantagem, a vitória foi para ela na visão de dois árbitros, resultado justo. O terceiro árbitro lateral deu a vitória pra mim, acredito que também poderia ser um resultado justo, pela contundência dos meus golpes. Mas sem contestar o resultado final. Fiz uma boa luta, mostrando sempre que vou buscar uma luta agressiva e expressiva, que é isso que os fãs querem assistir, sem dúvida.

– Diálogo com Esparza logo após o resultado

Não pedi uma revanche. Falei que ela seria a próxima desafiante ao título e que eu iria melhorar, e ela devia melhorar a trocação, que iríamos nos encontrar mais pra frente. Ela sorriu e acho que ficou animada.

– Avaliação das lutas pelo UFC até agora 

Todos acham uma trajetória curiosa, mas nós aqui na equipe) sabemos que o UFC só colocou atletas duras no meu caminho, e claro que era bem isso que buscávamos quando assinamos o contrato via Contender Series, pois só assim iríamos chegar onde desejamos, no topo. Mas claro que pegando somente grapplers, seria mais difícil ainda, e na época de cada luta, todas as minhas adversárias estavam ranqueadas. A cada luta adquirimos mais armas, mais ferramentas para as próximas lutas. Muita gente não percebe, mas cada detalhe que evoluímos a cada luta faz total diferença no nosso trabalho, e assim que seguimos, sempre treinando e dando total atenção no jogo que não é a nossa base, a luta agarrada. A evolução está vindo, mas só o tempo e as lutas é que vão fazer meu jogo ser completo e cada vez com menos brechas.

– Planos para lutar de novo até o fim do ano

Estamos traçando já o novo planejamento para nossa próxima luta ainda esse ano. Eu e meu headcoach, Marcio Malko, para que estejamos prontos quando o UFC chamar. A pandemia aqui em Florianópolis está mais controlada, as academias estão abertas, então não é problema para nós, porque tomamos todos os cuidados sempre e seguimos o trabalho duro de olho no grande objetivo, que é ser campeã do Ultimate.

* Por Mateus Machado