Mica Galvão ‘abraça’ Parajiu-Jitsu e vai realizar superluta no Brasileiro de Jiu-Jitsu Paradesportivo

Mica Galvão ‘abraça’ Parajiu-Jitsu e vai realizar superluta no Brasileiro de Jiu-Jitsu Paradesportivo

No dia 8 de agosto, no Rio de Janeiro, será realizada a segunda edição do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu Paradesportivo – que terá a organização da Federação Catarinense de Jiu-Jitsu Paradesportivo (FCJJP). Além do campeonato ser aberto a diversas categorias – organizadas por classificação funcional e critérios bem definidos -, vão ser disputadas superlutas em busca de atrair ainda mais pessoas para a modalidade.

Um dos fenômenos do Jiu-Jitsu mundial, Mica Galvão, recém-promovido a faixa-preta, aceitou o convite da entidade para participar de uma superluta contra o paratleta Gustavo Riscado (Classe LM). Daniel Borges, que é o presidente da FCJJP, comentou sobre a oportunidade de ter o jovem manauara e essa visibilidade.

“Expectativa gigante, pois o Mica está no auge da visibilidade e a nossa missão com o Parajiu-jitsu é levar essa ferramenta de reabilitação ao máximo de pessoas com deficiência possível. Já tínhamos tentado com ele no Sul Americano de Parajiu-jitsu, mas a agenda não fechou. E desta vez, com a intermediação do Istal Rubio, CEO da Atlhetica Nutricion Ásia, foi possível. Já deixo o meu agradecimento a esse incrível parceiro que acolheu em seu coração a causa do Parajiu-Jitsu. O Mica e seu pai (Melqui Galvão) são seres humanos diferenciados, na hora toparam o desafio. Entenderam a missão. Suas crenças e valores condizem com a nossa missão e foi natural viabilizar essa operação”, concluiu o dirigente sobre o acordo com Mica Galvão.

O brilho de Riscado

Outro personagem importante dessa história, Riscado perdeu os movimentos nos membros inferiores após ser baleado quando interrompeu um ato de assédio sexual em um restaurante em Salvador. Ele era atleta de MMA e tinha luta marcada, entrou em depressão e encontrou no Parajiu-Jitsu a força para recomeçar.

“Em 2019, pela FBJJMMA, venci o rei do tatame de Parajiu-Jitsu baiano, sendo campeão baiano e conhecendo o Daniel (presidente da FCJJP), por milagre fizemos uma amizade. No mesmo ano, nasceu a FCJJP e alguns sonhos mais reais. Em 2020, após uma lesão por uma úlcera de pressão, fui obrigado a parar os treinos e também por conta da pandemia do novo coronavírus. Porém, nessa união de mentes da FCJJP, SJJSAF e Athletica Nutrition Ásia, os sonhos de mostrar para essa pequena parcela de deficientes que só necessitam de um pouco de apoio, voltaram”, disse o casca-grossa, que coleciona várias medalhas na modalidade.