* Um dos grandes nomes das categorias de base do Jiu-Jitsu, Mica Galvão não mede esforços para alcançar seus objetivos quando alcançar a tão sonhada faixa-preta. O faixa-roxa bateu um papo na LIVE on TATAME, no Instagram, e contou um pouco da sua curta e promissora história dentro da arte suave.
Mica relembrou, aos risos, quando abandonou o Jiu-Jitsu e tentou se jogador de Futebol. No entanto, ao perceber que não tinha o mesmo talento com as bolas nos pé, resolveu retornar para os tatames: “Com quatro anos eu falei: pai, eu quero treinar. Ele comprou meu quimono, faixa e começou a me treinar. Eu participei da minha primeira competição em Manaus, ganhei e quis continuar. Por enquanto, era um hobby. Com 6 ou 7 anos, eu não queria mais praticar, porque não tinha treinos pra mim. Eram treinos de adultos e não tinham crianças. Depois de um tempo, falei para o meu pai: ‘não quero mais treinar Jiu-Jitsu, quero jogar Futebol’ (risos). Eu vi que era ruim demais, voltei para o Jiu-Jitsu de novo (risos)”, contou.
Mesmo após retornar ao Jiu-Jitsu, Mica, ainda com 11 para 12 anos, não vi a modalidade como algo para levar adiante. O atleta afirmou que, naquele momento, era algo mais passa-tempo. Após viajar para Califórnia (EUA) e competir no Mundial da IBJJF, o lutador decidiu investir de vez na carreira e conversou com o seu pai, Melqui Galvão.
“Quando eu fui aos Estados Unidos pela primeira vez, com 11 ou 12 anos, vi um outro tipo de Jiu-Jitsu, de uma forma ampla. Eu nunca tinha ido para uma competição fora do país. Falei para o meu pai que queria fazer Jiu-Jitsu de forma profissional. Eu vi o mesmo esporte, mas de uma forma tão legal. O Mundial é muito grande. Eu já tinha ido para o Brasileiro, Mundial da CBJJE e CBJJO, mas fora do país foi uma experiência bem legal”, comentou.
Por não ter idade suficiente para competir de adulto, Mica Galvão, em diversas oportunidades, não tinha adversários nos torneios como juvenil, assim como no Europeu 2020 – quando competiu de faixa-roxa. Ao ser indagado sobre isso, o atleta afirmou que esse fato desmotiva, mas que nunca pensou em desistir.
“É realmente frustrante pra mim, porque eu chegava em uma competição… Gosto de lutar, de sentir aquela adrenalina, emoção da torcida. (…) Acaba que frustra um pouco, mas eu sei que são etapas por etapas. Eu nunca pensei em desistir do esporte, só mesmo quando eu era criança. Quando eu decidi ser profissional, eu sai da escola, mas digo que não abandonei o estudo, porque eu sigo estudando. Eu tenho um plano A. Tem gente que fala: ‘E se não der certo?’. Rapaz, eu tô colocando todo o meu esforço no plano A, como não vai dá certo? Acredito que fazendo tudo certinho, vou chegar no lugar que eu quero chegar”, concluiu.
Além disso, Mica Galvão falou também sobre a projeção da sua carreira, principais inspirações, relembrou quando finalizou um faixa-preta ainda como faixa-azul e explicou a decisão de se tornar vegetariano.
Confira abaixo o vídeo da entrevista completa com Mica Galvão:
* Por Yago Rédua