Minotouro analisa luta no UFC São Paulo e não descarta aposentadoria: ‘Importante é eu ir me testando’

Por Yago Rédua

Sem lutar desde outubro de 2016, quando foi derrotado por Ryan Bader, também em uma edição do Ultimate na capital paulista, Rogério Minotouro ainda encarou uma ação da USADA (Agência de Antidoping dos EUA), mas foi absolvido após a comprovação que ingeriu suplementos contaminados. Liberado pelo órgão e com luta marcada no próximo UFC São Paulo, dia 22 de setembro, contra Sam Alvey, o brasileiro, revelou em coletiva que renovou o contrato por mais quatro lutas, mas “pensa” em encerrar a carreira antes.

“Nós sentimos a idade, a parte física, a recuperação não é mais a mesma. Importante é você ter um objetivo, para enquanto você estiver na ativa, você ir levando. A partir do momento que você vê que não vai mais treinar bem, lutar bem… É uma oportunidade de repensar. Eu tive parado, voltei muito mal. Quando eu peguei um ritmo, vi que estava treinando bem. Ofereceram essa luta pra mim, tinha oferecido uma no UFC Rio, mas eu segurei, não estava tão bem. Pode ser (se aposentar, dependendo do resultado). Importante é eu ir me testando. Eu estou treinando bem, vamos ver o ritmo de luta, porque eu fiquei quase dois anos parado. É mais difícil. O ritmo é algo que você vai pegando. Estou muito confiante. Tenho, se não me engano, quatro lutas. Eu acabei de renovar”, destacou Minotouro, que fez uma análise de Alvey e ainda almeja o Top 10.

“Eu estava na expectativa de ter lutado ano passado, mas aconteceu aquilo comigo (doping), fiquei um tempo parado, sem treinar. A luta foi em cima da hora, recebi como desafio. Voltei a treinar tem um mês. É uma luta boa, meu adversário gosta de trocar, é um cara canhoto, rápido, joga no contragolpe, tem a mão pesada. Acredito que seja um jogo bom pra mim. Eu prefiro pensar uma luta de cada vez. Eu acredito que eu tenho chance de lutar bem com os principais das categorias (meio-pesado). Conforme for passando os adversários mais difíceis, acredito que vou voltar para o Top 10”, apontou.

Neste período que ficou parado, Minotouro disse que procurou aprimorar ainda mais o Boxe, uma das suas especialidades, e que também deu mais atenção as defesa de quedas.

“Eu treinei Boxe, trocação. Dei ênfase na defesa de quedas, que eu não fui bem na última luta. Priorizei a velocidade, como andar no octógono, voltar mais relaxado. Acho que estava chamando muito a responsabilidade. Talvez, deixar a luta acontecer. Lutar sem pressão. Fazer a luta por pontos e, quando aparecer o nocaute, tentar capitalizar ele”.