Mousasi cogita revanche contra Lyoto Machida, mas ‘cutuca’ sobre doping; veja

Mousasi cogita revanche contra Lyoto Machida, mas ‘cutuca’ sobre doping; veja

Por Yago Rédua

Atual campeão dos médios do Bellator, Gegard Mousasi pode reencontrar um velho rival na organização. Recentemente, Lyoto Machida, ex-campeão do Ultimate, foi adicionado a franquia liderada por Scott Coker. Os dois se enfrentaram em 2014, pelo UFC, e o “Dragão” venceu por decisão unânime. Em entrevista exclusiva à TATAME, Mousasi revelou que cogita uma revanche, mas “cutucou” o brasileiro ao relembrar o caso de doping.

“Deixe-o vencer sua primeira luta e podemos fazer (a revanche). No entanto, nós iremos solicitar, publicamente, e exigir testes adicionais (doping) e rigorosos para que a luta aconteça. Mas ele precisa vencer sua próxima luta para considerarmos os próximos passos”, disparou Mousasi, se referindo aos 18 meses de punição sofridos por Lyoto entre 2016 e 2017, após uso da substância proibida 7-keto-DHEA fora do período de competição.

No dia 29 de setembro, em San Jose, na Califórnia (EUA), o Bellator prepara uma grande festa e Mousasi será uma das estrelas. O campeão vai fazer uma superluta com Rory MacDonald, dono do cinturão na categoria dos meio-médios. Confiante, Gegard acredita que é “mais completo” e classificou o embate como o “maior da história” da organização.

“A estratégia será ser o lutador de MMA mais completo. Eu ainda não estudei muito o Rory, mas minha equipe e eu estaremos fazendo isso na próxima semana. No entanto, se a luta for em pé ou no chão, estarei pronto. Na realidade, eu respeito o Rory. Estamos ambos motivados para essa superluta, e será a maior luta de 2018 e a maior da história do Bellator. A luta vai falar por si só e não será necessário provocações para promove-la. Esta é uma superluta especial que todos estão muito animados em ver”, destacou o campeão.

Sobre a conquista do cinturão, sacramentada após vencer Rafael Carvalho por nocaute técnico, ainda no primeiro round, no último mês de maio, Mousasi explicou que não tinha planejado defender o low kick do brasileiro e contra-atacar. O campeão revelou que foi “instinto” e que queria apenas uma oportunidade para levar a luta ao solo. Também à TATAME, o carioca disse que tinha planejado não usar os chutes, mas acabou aplicando o golpe de forma equivocada – o que se tornou chave para a derrota, segundo ele.

“Na verdade, nós não treinamos especificamente para nenhum chute dele. Sabíamos que ele usava isso em seu arsenal, mas não fazia parte de nenhuma estratégia específica em nosso plano de jogo. Quando vi o chute, simplesmente reagi a oportunidade dada. Foi instinto. A estratégia foi, no entanto, derrubá-lo e usar os golpes no chão. Não fez nenhuma diferença (a estreia contestada no Bellator contra Alexander Shlemenko). Eu vim ao Bellator para lutar pelo cinturão”, apontou “The Dreamcatcher” sobre a polêmica estreia na franquia, que ainda citou seu “legado” e deixou o futuro no MMA em aberto.

“Meu objetivo é ganhar minhas próximas quatro lutas no meu contrato (com o Bellator). Depois disso, vou ver o que será melhor para minha família e a minha carreira. Estou no meu auge e posso lutar por mais dez anos. Mas tem que fazer sentido. Meu objetivo é saber que eu competi no mais alto nível e consegui derrotar grandes lutadores”, encerrou.