Na briga por US$ 1 milhão, Cara de Sapato fala sobre boa fase na PFL e semifinal com argentino

Na briga por US$ 1 milhão, Cara de Sapato fala sobre boa fase na PFL e semifinal com argentino

* Após amargar três derrotas consecutivas no UFC e ser dispensado pela organização, Antônio Cara de Sapato retomou os trilhos da sua carreira na PFL (Professional Fighters League). Fazendo parte do GP meio-pesado da franquia norte-americana, o brasileiro já fez duas lutas na atual temporada. Na estreia, em grande atuação, finalizou Tom Lawlor com uma guilhotina ainda no primeiro round. Já em sua segunda apresentação, diante do compatriota Vinny “Pezão” Magalhães, o faixa-preta de Jiu-Jitsu viu o confronto terminar em “No Contest” (luta sem resultado) após aplicar um golpe acidental.

Os dois resultados foram suficientes para que Cara de Sapato terminasse a fase classificatória em primeiro lugar na divisão dos meio-pesados e, assim, garantisse a tão sonhada vaga nos playoffs da PFL. No próximo dia 27 de agosto, o casca-grossa vai fazer a semifinal do torneio diante do argentino Emiliano Sordi, e em caso de vitória, avança à grande final. Vale ressaltar que o grande vencedor da competição, além do cinturão, conquista também
o prêmio de US$ 1 milhão.

Animado com a atual fase da sua carreira e com o início animador na PFL, o lutador, atualmente com 31 anos, mostrou-se tranquilo ao falar sobre uma possível pressão em ganhar o sonhado prêmio de US$ 1 milhão agora que está tão perto de uma vaga na grande final do torneio.

“Estou numa fase muito tranquila e boa, tanto emocionalmente quanto fisicamente. Estou simplesmente deixando as coisas acontecerem e vem dando certo. Eu, que sou um cara bem ansioso, estou até bem tranquilo com essa fase final, esse torneio valendo US$ 1 milhão. As coisas estão dando certo e tenho que dar um passo de cada vez, sem me colocar pressão. Estou dando meu melhor nos treinos e os resultados estão aparecendo. Claro que o esporte é imprevisível, mas vou dar meu melhor para sair com essa vitória (contra Emiliano Sordi) e depois sair com o cinturão e o milhão na conta, que é meu grande objetivo”, projetou, em entrevista à TATAME.

Ao longo do bate-papo, Cara de Sapato falou ainda sobre as duas lutas que fez na PFL, a adaptação ao sistema de regras da PFL, a expectativa para o confronto diante de Emiliano Sordi e a possibilidade de enfrentar o compatriota Cezar Mutante em uma eventual final do GP meio-pesado da organização. Vale ressaltar que Mutante está do outro lado da chave e vai encarar Marthin Hamlet também no dia 27 de agosto.

Confira outros trechos da entrevista com Cara de Sapato:

– Início na PFL com duas vitórias 

Estou muito feliz por ter conseguido passar para os playoffs, me senti muito realizado com a luta contra o Tom Lawlor. Toda a estratégia funcionou muito bem e tudo o que tínhamos planejado fazer, fizemos, e pude vencer um cara muito duro, que venceu na segunda rodada, inclusive. Depois, veio a luta com o Vinny… Acho que eu estava lutando muito bem, eu senti que as coisas estavam funcionando bem, mas infelizmente aconteceu aquela joelhada e ele disse que pegou na região genital e que não conseguiria voltar. Mas analiso que estava indo muito bem na parte da trocação e da distância. Ele tentou uma queda, que foi bem defendida e depois eu ainda virei e coloquei ele contra a grade. Estava tudo se encaminhando para mais uma vitória e me vejo muito feliz para os próximos passos.

– Como foi a adaptação ao sistema da PFL?   

Desde que eu estava no UFC, eu olhava o sistema da PFL e achava muito bom, é algo que sempre gostei, uma coisa meritocrática, onde você ganha, passa para a próxima fase e tem ainda mais vantagens se vencer mais rápido. Eu me adaptei muito bem, acho que vou muito bem nesse estilo de torneio. No Jiu-Jitsu era assim, no TUF também foi assim, e agora na PFL também estou muito bem. Passei para os playoffs em primeiro na classificação, então melhor impossível (risos).

– Expectativa para duelo contra Emiliano Sordi na semifinal do GP

O Emiliano é um cara que eu já conheço, nós treinamos um pouco juntos na época que eu treinava na Nova União, no Rio de Janeiro. É um clássico, Brasil x Argentina, quem gosta de Futebol, vai gostar de assistir essa luta (risos). Acredito que ele vai respeitar e vai tentar manter a luta em pé, porque sabe que eu tenho uma vantagem grande no chão. Apesar dele ser um cara bem completo, o estilo de jogo que mais favorece ele é a trocação, então acho que essa vai ser a estratégia dele. Vejo que ele apresentou muitas brechas no jogo nessas duas lutas que fez na PFL. Ele tem um poder de nocaute grande, mas é um cara que dá espaço e brechas, então temos que saber aproveitar e fazer ele pagar por isso.

– Existe a possibilidade de acontecer uma final sua contra o Mutante. Como você lida com isso?  

Por você saber quem são os lutadores, você sempre vislumbra uma luta contra um ou outro. Claro que nosso foco é a semifinal, mas existe a possibilidade de acontecer a luta contra o Cezar Mutante na final. A gente até conversou antes disso tudo e falamos que seria bom que a gente só se enfrentasse numa possível final. E realmente foi o que deu e o que já imaginávamos (risos). A gente já se conhece, a gente se respeita e, assim como eu, ele foi campeão do TUF. Estou torcendo para que aconteça uma final brasileira nesse torneio.

CARD PROVISÓRIO:

PFL 2021 #9
Fort Lauderdale, na Flórida (EUA)
Sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Card principal (22h, horário de Brasília)
Peso-pena: Brendan Loughnane x Movlid Khaybulaev (semifinal)
Peso-pena: Chris Wade x Bubba Jenkins (semifinal)
Peso-meio-pesado: Antônio Cara de Sapato x Emiliano Sordi (semifinal)
Peso-meio-pesado: Cezar Mutante x Marthin Hamlet (semifinal)

Card preliminar (20h30, horário de Brasília)
Peso-pena: Sheymon Moraes x Lazar Sojadinovic
Peso-meio-pesado: Chris Camozzi x Cory Hendricks
Peso-pena: Anthony Dizy x Jesse Stirn
Peso-pena: Jason Knight x Bobby Moffett
Peso-pena: Alejandro Flores x Carl Deaton
Peso-leve: Brandon Jenkins x Adversário a ser definido

* Por Mateus Machado