Norma Dumont explica por que árbitro não parou a luta no UFC 306: ‘Uma ia ter que cair’
Norma Dumont afirmou que, se a luta contra Aldana não tivesse sido arbitrada por Herb Dean, o confronto poderia ser encerrado antes
Em atuação dominante, Norma Dumont derrotou Irene Aldana na decisão unânime dos jurados no UFC 306 (Foto: Reprodução)
Norma Dumont apresentou uma das performances mais dominantes no último sábado (14), na Sphere, em Las Vegas (EUA), no encerramento do card preliminar do UFC 306, onde derrotou a mexicana Irene Aldana na decisão unânime dos jurados. O combate esteve perto de ser encerrado devido à gravidade dos ferimentos causados pelos golpes aplicados pela brasileira na adversária, que resistiu bravamente aos três rounds.
Em entrevista ao canal do “UFC Brasil” no YouTube após a luta, Norma Dumont exaltou a resistência de Aldana e confidenciou que, durante a luta, percebeu que a rival não desistiria do duelo, mas também sentiu que a potência dos golpes que recebia não seria capaz de batê-la, o que a deixou mais confiante para partir para a trocação contra a mexicana.
“Eu sabia que seria um confronto duríssimo. Eu já tinha comentado antes da luta, porque a Irene (Aldana) é uma mulher que não cede, não cede espaço. Eu imaginei que ele viria um pouco mais devagar, então eu ia controlar um pouco mais, batendo um pouco mais de longe com as pernas, mas ela vai para o ‘pau”, declarou Norma Dumont, que seguiu:
“Quando eu vi que ela estava vindo para cima, eu falei que, então, a gente ia sair no murro e decidir essa disputa dentro do octógono, e foi isso que a gente fez. A minha mão estava causando mais dano nela do que a dela em mim. Ela acertou algumas boas mãos que eu senti o poder de fogo e vi que ela não iria me derrubar. Então eu comecei a conectar os golpes e vi que ela estava acusando e abrindo a cara dela”, explicou a mineira.
Por fim, a brasileira destacou que o motivo da luta não ter sido encerrada precocemente foi por conta da escolha do árbitro da luta. Segundo ela, a atuação de Herb Dean foi determinante para que os três rounds fossem completados, porque na sua visão, o árbitro só encerraria o duelo se uma das duas caísse no octógono.
“Não (pensei que a luta seria encerrada antes dos três rounds), porque o árbitro era o Herb Dean. Quando eu entro no vestiário, eu sempre analiso quem será o árbitro. Quando ele se apresentou, eu sabia que ele não iria parar a luta. Se fosse outro árbitro, talvez pararia a luta. Mas quando abriu a ferida, eu pensei que uma das duas iria ter que cair, porque ele não ia parar a luta”, completou Norma.
Norma Dumont tem 33 anos de idade e um cartel de 14 lutas no MMA profissional, e com o triunfo sobre Irene Aldana, chegou a 12 vitórias e apenas duas derrotas. A mineira, agora, tem cinco resultados positivos em sequência no Ultimate. Antes do triunfo no UFC 306, Norma vinha de vitória sobre a ex-campeã Germaine de Randamie, em abril.