Nuguette comenta vida nos EUA em relação ao Brasil: ‘Aqui eu vivia com Voyage e lá tenho um Equinox’

Nuguette comenta vida nos EUA em relação ao Brasil: ‘Aqui eu vivia com Voyage e lá tenho um Equinox’

Por Yago Rédua

Nascido em Manaus, Alan Nuguette viveu por muitos anos no Rio de Janeiro. O faixa-preta de Jiu-Jitsu atualmente mora na Flórida (EUA) e treina na X-Fusion, junto com Ronaldo Jacaré e Mike Perry, ambos do UFC. À TATAME, o brasileiro contou sobre a adaptação que teve nos Estados Unidos e as condições para exercer a função de lutador. Inclusive, destacou que comprou um carro melhor e proporciona uma boa educação ao filho.

“Lá é uma profissão (lutador) muito rentável e muito perigosa, por isso eles (norte-americanos) têm um respeito tão grande. Tanto o que ela pode proporcionar, quanto com os perigos que pode causar. Eu tô muito feliz e muito adaptado, as coisas são mais fáceis de conseguir, em relação ao Brasil. Aqui, eu vivia com um Voyage e lá tenho um Equinox. Tipo assim, por esse lado e pelo lado do meu filho, que estuda numa escola particular e eu não pago um real. Lá tem um plano do governo que dá ao cidadão 4h de graça. É muito legal isso”, destacou o brasileiro ao falar sobre a vida nos Estados Unidos.

O manauara ainda explicou como são os treinamentos na X-Fusion, analisou a derrota para Scott Holtzman no UFC 229, que interrompeu uma sequência de três vitórias seguidas, além de comentar sobre o projeto social que lidera no Rio e o canal no YouTube.

Confira abaixo a entrevista com Alan Nuguette:

– Treinos nos Estados Unidos

Eu estou lá (nos Estados Unidos), vou continuar. Gostei muito, me adaptei. Estou eu, (Ronaldo) Jacaré, Mike Perry, tem um monte de gente bacana que treina lá. O treino é muito bom. A estrutura física é muito boa. Estou crescendo mentalmente e fisicamente. Pretendo ficar mais tempo e me fixar na América.

– Análise da derrota no UFC 229

Eu vi um pouco a luta, acho que pequei no excesso de confiança na trocação. Deveria ter resgatado aquele Nuguette, ‘grampeado’ um pouco mais, porque ele não tem quase nada de chão. Ele é um wrestler, mas quando o colocamos com as costas no chão, vira uma tartaruga. Mas são erros que nos elevam. Estava confiante na minha trocação, faltou mais combinação. Ele me colocou para baixo, fez o ground and pound. Eu tô triste, vinha com uma boa sequência, era o favorito, mas nem sempre o favorito leva.

– Projeto social na Zona Oeste do Rio

Estamos em Vargem Grande e o projeto está crescendo a cada dia mais. O principal objetivo está sendo alcançado. Pegar essas crianças e introduzi-las na sociedade brasileira com um ponto a favor e não um ponto contra. O meu diretor, Fábio Campos, está de parabéns. Vamos trabalhar a cada dia mais para agregar mais crianças, mas para isso, precisamos de patrocinadores, de pessoas que acreditem que o ser humano pode mudar, assim como eu mudei e hoje sou uma referência. Tem 10 ou 20 que podem mudar também, que são campeões de diversas competições. Mas, eu preciso de empresas privadas ou governo que me ajudem também. Porque sozinho não dá.

– Resenhas no Canal do Youtube

O canal está legal, me deu uma alavancada. Em qualquer lugar que eu apareça, os lutadores querem conversar comigo, bater uma resenha. Ali é um papo de igual para igual. Não estou ali para diminuir ninguém, nem indagar. Estou ali só para elevar os trabalhos deles e como mais uma porta de divulgação.