Oriunda de projeto social, brasileira é contratada pelo Bellator, tem estreia marcada contra ex-campeã e mira combate com Cris Cyborg

Oriunda de projeto social, brasileira é contratada pelo Bellator, tem estreia marcada contra ex-campeã e mira combate com Cris Cyborg

O Brasil tem mais uma representante no plantel do Bellator. A fluminense Dayana Silva, ex-campeã peso-galo do Shooto Brasil, chega à organização norte-americana para reforçar a divisão dos penas, que tem a curitibana Cris Cyborg como atual campeã. Atleta da Nova União, a lutadora de 30 anos estreia em abril contra a ex-campeã Julia Budd. Ciente do novo patamar que sua carreira tomou, ela mostra pés no chão para aproveitar a chance de se qualificar entre as melhores lutadoras de MMA do mundo.

“É um grande salto para a minha carreira, porque é um evento renomado, é um dos maiores do mundo e tenho certeza que vai agregar muito pra mim”, destacou Dayana, que não esconde o desejo de enfrentar a compatriota. “Acho que todo mundo treina para o campeão, todos querem chegar lá; então, sim, esse será meu objetivo. Mas tenho ciência de que estou chegando no evento agora, ainda vou amadurecer muito lá dentro, então darei um passo de cada vez”, projetou ela, dona de nove vitórias e cinco derrotas no cartel.

Descoberta em um projeto social de Muay Thai em uma escola pública do Rio, Dayana Silva se tornou atleta de MMA quase por acaso. Após uma estreia vitoriosa no Muay Thai profissional, ela foi convidada de última hora para enfrentar a já experiente Carina Damm, que na época já tinha 15 lutas de MMA, no renomado evento Bitetti Combat, em 2009. Apesar da derrota por nocaute técnico no terceiro round, ela teve certeza de que a luvinha de quatro onças seria o seu instrumento de trabalho dali em diante, e não parou mais.

“Me chamaram faltando dois dias para substituir a adversária da Carina Damm. Aceitei porque era algo novo para mim. Eu não treinava nada de chão, não sabia dar um armlock. Quando eu lutei, fiquei encantada: ‘É aqui que eu quero ficar’. No Muay Thai a gente não ganhava bolsa, pelo contrário, pagava inscrição para lutar os campeonatos. Quando lutei MMA, senti que era aquilo que eu queria para a minha vida, e não parei mais”, contou Dayana, que antes de viver da luta dividia seu tempo entre treinos e plantões como patologista.