Ouro duplo no Mundial na faixa-azul, Maggie Grindatti destaca: ‘Sentimento é indescritível’; confira

Ouro duplo no Mundial na faixa-azul, Maggie Grindatti destaca: ‘Sentimento é indescritível’; confira

Por: Yago Rédua

Os fãs de Jiu-Jitsu sempre ficam de olho nas faixas-coloridas, onde costumam a aparecer grandes talentos. Na faixa-azul, entre as mulheres, Maggie Grindatti brilhou e conquistou o ouro duplo. A lutadora da Fight Sports, liderada por Roberto Cyborg, venceu a divisão dos meio-pesados contra Rebecca Faris, da MXT Fight Academy, e depois voltou a subir no lugar mais alto do pódio contra Chloe Mcnally, da Unity Jiu-jitsu, na decisão do absoluto. Em entrevista à TATAME, a americana, que ainda no pódio foi graduada na faixa-roxa, contou a sensação após o grande feito na Pirâmide de Long Beach, na Califórnia (EUA), no começo do mês de junho.

“O sentimento é indescritível. Depois de ganhar minha divisão, chorei. Quando ganhei o absoluto, não fiquei surpresa. Estava muito confiante de quão duro eu trabalhei, mas o objetivo que tive desde que comecei a competir, há um ano, acabei de realizar. Todo trabalho árduo, dedicação, dinheiro, viagens, horas, sacrifícios que faço para fazer algo que eu amo. Mesmo com a perda, vale a pena, mas isso foi um sentimento que nunca senti antes e só vai me levar a fazer mais”, comentou a lutadora, que tem admiração por Michelli Nicolini, multicampeã na arte suave e que atualmente luta no MMA.

Grindatti ainda contou sobre a superação de um problema no joelho às vésperas do Mundial, o trabalho mental que faz para entrar bem nas competições, além da experiência e conhecimento que vem adquirindo com Cyborg, o seu atual treinador.

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Maggie Grindatti foi graduada na faixa-roxa após garantir o ouro duplo no Mundial (Foto: Reprodução)

Confira a entrevista completa Maggie Grindatti:
– Principais desafios e superação para garantir o ouro
Sempre há obstáculos, olhando para a minha divisão, não reconheci o nome de nenhuma das minhas adversárias, sempre pode ser reconfortante entrar em uma luta conhecendo o jogo das pessoas, mas sabendo ou não sabendo, estou indo para jogar o meu jogo. Também três dias antes do Mundial, no treinamento, tinha aparecido um problema no meu joelho, que eu sabia que isso poderia ser difícil, mas minha maior força é a minha mentalidade.

– Confiança em si própria e no trabalho da equipe
Confiando em mim mesmo. Eu sou abençoada por ter um incrível treinador e uma equipe que sempre me cerca com um apoio incrível e eles fazem tudo o que podem fazer durante a batalha. Na forma de me guiar em como me mover, mas eles não podem se mover fisicamente por mim, você tem que fazer isso. Parte sozinha e se você não pode confiar em si mesmo, primeiro é difícil confiar em qualquer outra pessoa.

– Sempre pressão e diversão para conquistar ouro duplo
Fico nervosa, mas nunca sinto pressão. Eu não coloco pressão sobre mim mesmo porque estou fazendo algo que eu amo fazer, sinto que se pressionasse, isso me afastará do motivo por ter começado. Eu também não me rodeio de pessoas que me pressionam. Meu atual treinador, Roberto “Cyborg” Abreu, e meu anterior, Robert Drysdale, me disseram em tempos diferentes que eu poderia ganhar ouro duplo no Mundial. Então, depois de ganhar minha divisão, fiquei muito confiante com o absoluto, confiei e me diverti.

— As maiores referências dentro do Jiu-Jitsu
Uma atleta feminina do Jiu-Jitsu que eu admiro é Michelle Nicolini. Antes de eu saber quem ela era, eu a vi competir nos Mundiais. No ano passado, eu era muito nova no esporte, e era uma motivação, então, eu pesquisei sobre sua carreira e eram tanto títulos. Não conheço Michelle pessoalmente, mas eu a admiro e sou motivada por ela como atleta. Eu também aprendi e usei ensinamento de diversos professores para moldar a base do meu jogo, mas eu sinto no curto período de tempo que eu tenho treinado com Roberto “Cyborg” Abreu, em sua academia, Fight Sports, em Miami, que meu jogo evoluiu porque suas técnicas se encaixam no meu estilo em geral. Na primeira semana que passei, não foram pedaços que tirei comigo, tudo o que ele mostrou era algo que queria trabalhar no meu jogo e a sua paixão pelo esporte, as horas que ele gasta na academia e ainda é um dos melhores lutadores depois de anos.

– Opinião sobre a arbitragem e organização do Mundial
Eu sou tão nova no Jiu-Jitsu que não tenho muita experiência para comparar esse evento com outros, mas desde que comecei a competir há um ano atrás, com os eventos do IBJJF, não tive mais que boas experiências e Mundial não foi diferente. Eu adoro a energia, a atmosfera e as adições de prestígio, como títulos, prêmios, mídia e profissionalismo, é importante para os atletas dedicados, não só para serem recompensados, mas também para saber que a paixão, os sonhos e as metas estão sendo tomadas Tão a sério quanto a gente acha-se concorrendo nesses eventos.