Patrício Pitbull projeta final de GP contra AJ McKee no Bellator e opina sobre Do Bronx vs Chandler no UFC: ‘Charles vai ter uma pedreira pela frente’
* Campeão duplo (peso-pena e peso-leve) e com inúmeros recordes em sua autoria no Bellator, Patrício Pitbull está próximo de atingir mais um feito dentro da organização. Vencedor contra Emmanuel Sanchez na luta principal do Bellator 255 ao finalizar seu oponente com uma guilhotina ainda no primeiro round, o brasileiro se classificou para a final do GP dos Penas, contra AJ McKee, e caso consiga mais um triunfo, se sagra campeão do torneio e receberá o grande prêmio de US$ 1 milhão.
Atualmente com 33 anos e um cartel de 32 vitórias e apenas quatro derrotas no MMA profissional, Patrício vive a melhor fase de sua carreira. O atleta da Pitbull Brothers vem embalado por sete triunfos consecutivos, sendo dois deles por nocaute e outros dois por finalização. Em entrevista à TATAME, o potiguar falou mais sobre sua evolução ao longo dos últimos anos e destacou a procura por melhorias na luta em pé e também na luta agarrada.
“Atribuo toda essa evolução à minha paciência, em perceber o momento exato de agir, e também a muitos treinamentos, sempre em busca de evolução e de melhorias no meu jogo. Conto com uma equipe incrível ao meu lado. Todo mundo que olhar meu cartel vai perceber que tenho 12 finalizações e 11 nocautes, então isso mostra que o plano de jogo está bem redondo em relação ao que tenho que fazer, tanto na luta agarrada quanto na luta em pé”, afirmou Pitbull, que na sequência fez uma análise do que espera do confronto diante de AJ McKee, que está invicto no MMA, com 17 vitórias contabilizadas.
“Ele (AJ McKee) é um cara muito completo também, com muitas finalizações e nocautes, até mesmo nocautes expressivos. Ele consegue emplacar uma explosão muito assustadora ao olho nu. Mas, ao mesmo tempo, eu vejo muitas brechas no jogo dele, coisas que posso capitalizar a meu favor. É explosivo, porém, age sob pressão e, quando está acuado, fica mais rápido. Tenho algumas coisas que são cruciais na minha estratégia, mas eu não posso entrar em muitos detalhes, porque não posso dar munição para o inimigo usar contra mim (risos)”.
Ao longo da conversa, o atleta contou mais detalhes de seu triunfo contra Emmanuel Sanchez, os planos para a categoria peso-leve, onde também é campeão no Bellator, e ainda aproveitou para fazer uma análise sobre a disputa de cinturão peso-leve do UFC, entre Charles do Bronx e Michael Chandler, que vai acontecer no dia 15 de maio, no UFC 262.
Confira outros trechos da entrevista com Patrício Pitbull:
– Vitória contra Emmanuel Sanchez ainda no primeiro round
A estratégia, desde sempre, era terminar a luta no primeiro round contra o Emmanuel Sanchez. Claro que eu estava preparado para lutar cinco rounds, que é a duração do combate. Eu estava muito bem tecnicamente e também fisicamente, mas vimos a chance de acabar com a luta antes e acabamos com o combate exatamente da forma como imaginamos que ele iria terminar.
– Você é finalista de um GP que vale US$ 1 milhão. Em caso de vitória, os planos da sua carreira seguirão os mesmos?
Acho que o dinheiro é resultado e consequência do trabalho feito até hoje, de tudo que batalhei ao longo da minha vida, mas não vai alterar em nada o meu planejamento e os meus objetivos dentro do MMA. Bater recordes, quebrar números e entrar para a história. Esse sempre foi o meu objetivo e é assim que vai ser até o final da minha carreira nas artes marciais.
– Quais são os seus planos para o peso-leve, divisão onde você também é campeão?
A categoria ficou travada, justamente porque estou disputando o cinturão peso-pena dentro do GP. Mas, dependendo de quem o Bellator colocar para ser o próximo desafiante ao título, eu defendo ou, caso seja o meu irmão (Patricky Pitbull) escalado para fazer essa disputa, eu deixo o cinturão vago para ele lutar. Essa é a ideia, então é aguardar qual vai ser a decisão tomada pelo Bellator.
– Por fim, qual é sua análise para a luta entre Charles do Bronx e Michael Chandler?
Charles do Bronx x Michael Chandler vai ser uma briga de estilos. Os dois são bons na trocação, mas o Chandler tem a mão mais pesada e nocauteia mais. O ponto forte dos dois é a luta agarrada. Michael Chandler aplicando quedas e dominando por cima, enquanto o Charles utiliza o Jiu-Jitsu da melhor forma possível. Na minha opinião, o Charles tem chances de finalizar, mas sabemos que o Chandler é favorito. A luta começa em pé e eu nunca vi, em 10 anos, o Chandler ser dominado em nenhuma posição. Se tem alguém que pode fazer isso é o Charles, mas vai ter uma pedreira pela frente. A estratégia é evitar os golpes potentes do Michael em pé, conseguir se embolar e tentar pegar ele em uma finalização. Esse é o caminho.
* Por Mateus Machado