Paulo Borrachinha almeja Top 5 dos médios e responde acusações de Brunson: ‘Ele é um frouxo’; confira
Paulo Borrachinha respondeu de maneira firme as acusações feitas por Derek Brunson (Foto: Getty Images)
Por Mateus Machado
Invicto no MMA, agora com 11 vitórias em seu cartel, Paulo Borrachinha teve mais uma atuação de destaque em sua carreira. No UFC 217, realizado no último dia 4 de novembro, o brasileiro não tomou conhecimento do ex-campeão Johny Hendricks e, com uma grande atuação, nocauteou o americano no segundo round, emplacando sua terceira vitória consecutiva, que representou a entrada do lutador no Top 15 do ranking peso-médio.
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Logo após a vitória sobre Hendricks, Borrachinha tratou de desafiar Derek Brunson, atual sexto colocado no ranking, para uma luta. Ao responder o “chamado”, o americano insinuou, através de uma postagem nas redes sociais, que Paulo poderia ser pego em um exame antidoping, chamando o brasileiro de “fraude”. Em entrevista exclusiva à TATAME, Borrachinha respondeu às acusações feitas por Brunson e falou da sua última atuação.
“O Derek Brunson usou um argumento muito fraco, fajuto, para responder o desafio que fiz a ele. Ele me acusou de usar anabolizantes. O Derek sabe muito bem que nós temos hoje um programa antidopagem, a USADA, que é o programa mais rigoroso do mundo, o mesmo utilizado em Olimpíadas. Então, ele realmente não tem o que falar. Ele fica com vergonha de falar que está com medo de lutar comigo e inventa uma desculpa fajuta de que estou usando esteroides anabolizantes, sendo que é a coisa mais impossível de acontecer no esporte, um atleta burlar a USADA, usar anabolizante e não ser pego”.
Confira a entrevista completa com Paulo Borrachinha:
– Estratégia utilizada na luta contra Johny Hendricks
A nossa estratégia foi defender todas as investidas de queda do Hendricks, manter essa luta em pé e nocautear, e foi isso que eu fiz. Consegui manter a minha distância de golpes, de ação e consegui golpear sem deixar ele chegar perto para derrubar. Quando ele entrasse em uma queda, eu teria que estar pronto para defender e contragolpear, e no final, golpeá-lo a ponto de conseguir nocautear. Então, posso dizer que cumprimos a meta 100%. Na verdade, cumprimos 200%, porque fizemos tudo exatamente como havíamos planejado, acho que até melhor, com um nocaute tão espetacular e sem deixar ele me derrubar nenhuma vez. Vale lembrar que ele foi um dos melhores wrestlers colegiais americanos de todos os tempos, então não é qualquer um. Foi uma grande vitória.
– Triunfo no UFC 217 como maior da carreira até agora
Com certeza. O Johny Hendricks é um ex-campeão, fez uma luta duríssima contra o St-Pierre, no auge do GSP, e para mim ele venceu aquela luta. E a gente viu o St-Pierre voltando, sendo campeão de uma outra categoria. É um lutador de respeito e, com certeza, foi a maior vitória da minha carreira até hoje, em um grande evento realizado.
– Principais pontos para anular o jogo de Hendricks
Eu sabia das armas fortes dele… Entrada de quedas e a mão esquerda, então eu tinha que anular esse jogo dele. Como? Com a minha distância e com chutes na costela, e esses chutes foram o início do fim dele na luta. Então, esses chutes tiveram grande importância para romper o ímpeto dele. Para ele não saber da onde vinham os golpes, eu chutava a cabeça e a costela, dei alguns chutes rodados também, joelhadas, além de socos. Ele não sabia de onde via e ficava com medo, inibido. Quando ele chegava perto, eu colocava o joelho muito forte na barriga dele, então acho que tudo isso contribuiu muito para anular.
– Justiça no formato do ranking organizado pelo UFC
Eu acho que o ranking está organizado da maneira correta e é feito por quem entende do assunto. Encontra-se no ranking quem mostra vitórias mais convincentes, mais legítimas, e também quando você acaba tendo muitos lutadores, como o UFC tem, é normal que você tenha muitos lutadores tendo uma série de vitórias consecutivas, mas no ranking só cabem 15 lutadores. Então, você precisa escolher as lutas mais convincentes, empolgantes, emocionantes e quem domina melhor o adversário. Então, nada mais justo eu estar nesse ranking, e vou subir logo para o Top 5, que é o meu objetivo, para depois chegar ao título.
– Acusações do Derek Brunson a respeito de doping
O Derek Brunson usou um argumento muito fraco, fajuto, para responder o desafio que fiz a ele. Ele me acusou de usar anabolizantes. O Derek sabe muito bem que nós temos hoje um programa antidopagem, a USADA, que é o programa mais rigoroso do mundo, o mesmo utilizado em Olimpíadas. Então, ele realmente não tem o que falar. Ele fica com vergonha de falar que está com medo de lutar comigo e inventa uma desculpa fajuta de que estou usando esteroides anabolizantes, sendo que é a coisa mais impossível de acontecer no esporte, um atleta burlar a USADA, usar anabolizante e não ser pego. Eu nunca fui pego na minha vida, fui testado várias vezes… Umas 15 vezes desde que entrei no UFC, só no último mês, fui testado cinco vezes. É uma desculpa esfarrapada, ele é simplesmente um medroso, tem medo de lutar comigo… Não quer fazer essa luta porque é um frouxo e inventa desculpas que não colam. Todo mundo sabe que ele está fugindo.
– Repercussão das acusações do Brunson em outros lutadores
O que eu tenho a dizer sobre essas acusações é que eu tenho todos esses exames, vou divulgá-los na hora certa, estou recorrendo a todos eles. É uma desculpa muito fajuta, acredito que ninguém vai utilizar isso. É a mesma coisa se eu acusar o Derek Brunson, eu posso acusá-lo também. Mas eu não tenho histórico nenhum de doping. Eu deixo isso para ele… Essa acusação é coisa de frouxo. Eu prefiro desafiar e chamar para a luta, vamos resolver lá dentro. Agora, acusar sem prova, nem nada, é de uma falta de caráter imensa.
– Próxima luta pelo Ultimate e treinos fora do Brasil
Planejo lutar no UFC novamente em março e espero pegar um Top 10, bem ranqueado, para fazer logo o meu caminho rumo ao Top 5 e depois ao cinturão, que é o meu grande objetivo. Também pretendo fazer mais intercâmbios. Eu ainda não sei para onde devo ir no próximo camp, mas acredito que vou treinar com o Eric Albarracin mais uma vez aqui nos Estados Unidos, porque a evolução foi muito boa e me senti muito bem por lá.