Popó faz ‘linha do tempo’, expõe treinos com Aldo e diz: ‘Ainda vamos nos encontrar no ringue’

Por meio das redes sociais, Popó faz 'linha do tempo', cita treinos com José Aldo e interesse antigo do lutador do UFC em se aventurar no Boxe

Popó faz ‘linha do tempo’, expõe treinos com Aldo e diz: ‘Ainda vamos nos encontrar no ringue’

A recente rivalidade e troca de provocações entre Acelino Popó Freitas e José Aldo ganhou um novo capítulo no último domingo (20), mais uma vez pelas redes sociais. Através da sua conta oficial no Twitter, Popó fez uma espécie de “linha do tempo”, onde compartilhou o início da sua relação com o ex-campeão peso-pena do UFC, ainda em 2013, quando ajudou Aldo na preparação para uma defesa de cinturão contra Ricardo Lamas, em 2013, como conta a seguir.

“Preparei um ‘thread’ aqui para explicar um pouco a ‘confusão’ envolvendo José Aldo, com alguns recortes de imprensa e informações adicionais. Aldo é um grande campeão no MMA, que sempre sonhou com o Boxe. O desafiei com respeito e deferência. E fui atacado covardemente. Em 2013, eu aceitei o convite e ajudei José Aldo nos treinos para enfrentar Ricardo Lamas em defesa de título no UFC 169 – luta que ele venceu. Isso, por si só, é sinônimo de mútuo respeito e consideração, que sempre tivemos um pelo outro.

José Aldo já tinha um histórico de sucesso no MMA e sempre teve como destaque em suas lutas o Boxe afiado. A imprensa nacional e internacional sempre abordou as qualidades de Aldo com as mãos. É algo que eu sempre concordei e que pude, em 2013, ver de perto e ainda dar toques”, escreveu Popó, que logo depois, compartilhou matérias da imprensa para destacar a vontade de Aldo em lutar profissionalmente no Boxe.

“É importante ver algumas matérias sobre o assunto “Aldo no Boxe”. No final de 2015, Aldo afirmou ao jornalista especializado em boxe, sem sequer ser provocado: ‘Ohata, daqui a três anos vou para o Boxe profissional’. Quando Aldo perdeu para McGregor, eu não esperei duas vezes para me solidarizar. Fiz mais: o incentivei a continuar. Dei exemplo da minha própria carreira, que perdi minha invencibilidade e meu título. Mas, fui lá e recuperei. Desejei tudo de melhor e disse que ele voltaria!

Mas, continuando… Em dezembro de 2016, o próprio site do UFC Brasil destacava o sonho de José Aldo de lutar e fazer uma carreira no Boxe. Um desejo que ele tinha há muito tempo! Não era algo recente.

Em abril de 2017, Aldo se ofereceu para o card do evento que tratava da luta entre Anderson Silva e Roy Jones Jr., sugerindo encarar no Boxe Miguel Cotto: “Quero estar nesse card também, lutando Boxe. Vou desafiar Miguel Cotto. Quero surfar essa onda também. Vou derrubar e tudo”, expôs Popó Freitas, que continuou em seguida.

“Em setembro de 2017, Aldo explicou em site da sua equipe Nova União que seu ingresso no Boxe dependeria apenas do fim de seu contrato com o UFC: ‘Acho que ainda tenho quatro ou cinco (lutas no contrato com o UFC), mas isso é certo (Boxe depois do UFC)’. Em outubro de 2017, Aldo analisava uma possível revanche com Ricardo Lamas (o mesmo que o ajudei nos treinos em 2013), mas destacava os seus planos de migrar para o Boxe.

Cada vez algo mais certo na cabeça dele. Em abril de 2019, Aldo declarou em matéria: ‘Meu sonho é lutar Boxe e é onde eu também posso ganhar um bom dinheiro. Estou ouvindo propostas’. Ele tinha mais 3 lutas com o UFC e já fazia compromissos com empresário e evento de Boxe.

Em junho de 2019, foi anunciado renovação de Aldo com UFC e cancelamento do plano de aposentadoria. No entanto, os planos de lutar boxe teriam continuado. Em 2022, após lutar com Whindersson, desafiei José Aldo com o máximo respeito e deferência, não apenas a ele, como ao esporte. Ainda destaquei que Aldo é um dos melhores boxeadores no MMA. E que só fazia sentido para mim enfrentar os melhores.

Aldo e sua equipe não descartaram. Iriam consultar o UFC. Chegaram a impor condições. Aldo disse até que estava organizando uma liga de boxe. Mas, apesar do sonho dele de anos pelo boxe, me retrucou para lutar kickboxing. E ainda disse que eu teria ficado com medo. Medo?”, indagou Popó, que explicou seu lado.

Popó Freitas fez luta de Boxe contra Whindersson Nunes no final de janeiro

Popó Freitas fez luta de Boxe contra Whindersson Nunes no final de janeiro (Foto: Ricardo Franzen/Divulgação FMS)

Toda a imprensa destacou que Aldo teria aceitado meu desafio, mas dito que eu teria ficado com medo. Mais uma vez: medo?! Eu não o afrontei. O respeitei ao máximo em meu desafio. Como resposta, ele já começou a me afrontar daí. Sabe o que eu respondi? Naturalmente, eu disse: eu desafiei primeiro no Boxe. Nesse contexto, caberia a ele aceitar ou não. Ele preferiu ‘deixar em aberto’ e transformar o desafio em Kickboxing. Nada mais incongruente que isso: ele não sonha em lutar Boxe? Na oportunidade, recua e vai pro Kickboxing?

Eu disse mais. Expliquei que, como lutador de MMA, que significa artes marciais mistas, ele treina várias modalidades. Eu não. Treino apenas o Boxe. ‘Eu não sei chutar e ele sabe bater. Eu nunca iria desafiar um cara que não sabe bater, mas ele sabe Boxe’. Além de saber, sonha! Foram nesses termos que eu falei nas demais entrevistas e podcasts que fiz. Até cheguei a cobrar a ele um feed-back final, se ele poderia ou não lutar.

Tempo demais, veio a informação que o UFC não liberaria. O assunto tinha parado aí. É público e notório que passei a conversar e negociar com Belfort. Ambos demonstramos interesse e não temos nenhum impedimento para que a luta ocorra. Inclusive, a conversação continua. Está em andamento.

Até que sou surpreendido com uma declaração de José Aldo no programa The Noite do Danilo Gentili. Uma declaração desrespeitosa. Altamente inflamado. Inaceitável. Não se faz o que ele fez, ainda mais diante de todo o cenário e contexto que explanei aqui. Eu fiquei um bom tempo pensando em como responder a ele. Responder a uma fala de quase 3 minutos em que uma palavra é pior do que a outra.

Nada justificava ele ter falado o que falou. Eu fui burro em desafiar ele por ter contrato com UFC? Porque então ele foi consultar a organização? Poderia ter respondido de prontidão, caso tivesse impedimento automático. Na prática ele só não teve moral com a organização para ser liberado. Agora e nos anos atrás que tentou.

Mas, enfim. Antes de eu dizer isso, eu tentei amenizar chamando ele de ‘Feio’. Pensei que isso quebraria o gelo e daria outro tom para o que estava a ocorrer. Mas ele não recuou. Continuou falando, desrespeitando, dizendo ‘f***-se’ se eu não gostei do que ele disse. Por isso, preparei um vídeo para confrontar com imagens o que ele disse sobre estar velho e barrigudo, e desrespeitando minha história com diversos comentários.

Disse até que se o problema era o UFC, então façamos um sparring na academia. Só precisaria disso para calá-lo com nocaute. Por mais que eu não tenha obrigação de conhecer os detalhes contratuais com o UFC, fato é que desafiei esportivamente, com respeito e deferência. Hoje ele se esconde em contrato, mas um dia ainda nos encontraremos no ringue para resolver essa questão. Pode até demorar!

José Aldo, respeito a sua história. Você é um grande campeão do Brasil. Assim como eu, você venceu tudo e todos para chegar onde chegou. Parabéns por isso! Mas, infelizmente você não me respeitou. Agiu de forma desproporcional. E não precisava disso. Você sabe que não precisava”, encerrou Popó.

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Atualmente com 46 anos de idade, Acelino Popó Freitas contabilizou 41 vitórias, sendo 34 delas por nocaute, e somente duas derrotas em sua carreira no Boxe profissional. Ao longo da sua carreira na nobre arte, Popó foi campeão da categoria superpena pela WBO (Organização Mundial de Boxe) e também pela WBA (Associação Mundial de Boxe), além de ter conquistado o título mundial peso-leve da WBO em duas oportunidades.

11 anos mais novo em relação a Acelino Freitas, José Aldo tem 35 anos de idade e contabiliza, no MMA profissional, um cartel de 31 vitórias, sendo 17 delas por nocaute, e sete derrotas. O experiente lutador manauara, que já foi campeão peso-pena do UFC durante anos, agora luta na divisão peso-galo (até 61kg) e vem embalado por três triunfos consecutivos na organização norte-americana, sobre Marlon Vera, Pedro Munhoz e Rob Font, respectivamente.

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