Praticar exercícios físicos usando máscara pode causar danos à saúde? Especialista explica e apresenta algumas dicas
Exercícios físicos são essenciais para manter a saúde física e mental em dia, principalmente neste período de pandemia do novo coronavírus e isolamento social. Com a liberação das academias de ginástica em alguns estados, o uso da máscara facial no ambiente do treino se tornou obrigatório. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados.
As máscaras de proteção podem causar diminuição da disponibilidade de oxigênio e, com o aumento da atividade física, pode-se esgotar substancialmente os níveis de oxigênio no sangue. O Dr. Rafael Fonseca, médico do esporte e ortopedista, comentou sobre o importante assunto.
“A máscara é uma barreira física que diminui a oferta de oxigênio no organismo. O oxigênio é como se fosse um combustível para o músculo durante a atividade física. Usando a máscara, o organismo precisa fazer mais esforço para captar o ar e pode causar a fadiga”, disse o médico, que é ligado ao mundo das lutas.
Neste momento, a melhor forma é a percepção do corpo, o que torna o exercício menos desconfortável. Em exercícios que utilizam cargas – como na musculação – prolongar o intervalo entre as séries, aumentando o tempo de descanso, é uma boa maneira de realizar o treino sem ter que diminuir tanto a carga.
“É de extrema importância prestar atenção aos sinais do corpo durante o exercício físico. Caso o indivíduo sinta um esforço além do normal, o indicado é parar o exercício imediatamente”, alertou o Dr. Rafael.
Confira abaixo alguns sintomas que podem acontecer:
- Falta de ar momentânea
- Interferência nas capacidades cognitivas (raciocínio, compreensão e pensamentos) a partir de 80% dos níveis de oxigênio no sangue
- Uso aumenta em cerca de 15% a frequência cardíaca
- Aumento de até 220% no desconforto respiratório durante os exercícios
- Lesões em áreas do cérebro responsáveis pelo equilíbrio, pensamento racional e controle muscular, ocasionada por hipóxia extrema ( baixa concentração de oxigênio no sangue arterial)
- Danos neurológicos permanentes semelhantes aos efeitos da DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), causada por exposição hipóxica repetida
- Falta de consciência quando o corpo apresenta 60% ou menos de oxigênio