US$ 1 milhão em jogo, luta com amigo e mais: confira o brasileiro finalista da PFL

US$ 1 milhão em jogo, luta com amigo e mais: confira o brasileiro finalista da PFL

Por Yago Rédua

Em ação na Professional Fighters League (PFL), Phillipe Lins garantiu vaga na decisão dos playoffs e segue na briga pelo prêmio de US$ 1 milhão. O peso-pesado venceu na mesma noite o amigo de treino – há quase 15 anos – Caio Alencar e Jared Rosholt. À TATAME, o lutador disse foi “muito louco” lutar duas vezes num único card e descreveu a sensação.

“Foi um sentimento novo, porque nunca tinha acontecido isso comigo, de ter que lutar duas vezes na mesma noite. É muito louco. Você ganha a primeira luta, tem aquela adrenalina, toda aquela emoção. Aí você volta para o vestiário e sabe que tem uma outra luta e já bate aquela ansiedade novamente. É uma coisa nova e bem diferente”, afirmou o lutador.

Além disso, Phillipe comentou sobre a sensação de lutar com um amigo e a proposta da PFL em privilegiar o esporte e não apenas o entretenimento. O peso-pesado também fez uma análise do rival na final, Josh Copeland, contra quem vai lutar no dia 31 de dezembro, em Nova York (EUA), e revelou o que pretende fazer com o prêmio de US$ 1 milhão.

Confira na íntegra a entrevista com Phillipe Lins:

– Amizade com Caio Alencar

O Caio e eu treinamos juntos há 15 anos. Ele sempre me ajuda, também fazia o mesmo nos camps dele. Eu me mudei para os Estados Unidos, vim primeiro para a American Top Team. Ele veio depois. Treinamos juntos aqui. Foi muito difícil no começo, quando soubemos que iríamos lutar, porém sabíamos que isso poderia acontecer. Eu esperava que fosse na final, mas aconteceu antes (quartas de final). O cara que eu ia lutar, o suíço, se machucou e ele era o primeiro reserva. Foi bem difícil, mas eu consegui sair com a vitória.

– Análise das duas vitórias

Eu treino com o Caio há muito tempo. Ele sabe os meus melhores golpes, a minha melhor movimentação. Então, eu precisava surpreende-lo de alguma forma. Eu sabia que ele não estava esperando que eu o colocasse para baixo ou tentasse finalizar. Eu sou faixa-preta, ele também, então não podíamos dar bobeira. Quando ele entrou nas minhas pernas e deixou o pescoço, eu ataquei na guilhotina e finalizei. Na segunda luta, levei uma pressão grande no primeiro round. Sabia que ele não ia aguentar fazer aquilo os três rounds e, quando ele cansasse, eu iria por o meu jogo. Foi o que aconteceu e eu consegui o nocaute. Eu comecei a treinar Jiu-Jitsu, um ano depois que eu fui treinar Boxe e não parei mais. Eu sou bem completo, tenho um jogo versátil e meu Wrestling tem melhorado aqui na ATT.

– PFL e valorização o esporte

Mesmo a PFL tendo a ideia de priorizar o esporte, sempre rola um cara que gosta de falar mais, tem os mais calados, os mais brincalhões. Isso sempre acontece no meio do MMA. Claro que hoje isso tem mais evidência, mas a PFL veio com uma proposta diferente e para dar uma mudada na cara do MMA, da forma como estava sendo disputado entre os atletas no mundo inteiro. É muito legal e estou feliz de fazer parte deste grande evento.

 

Visualizar esta foto no Instagram.

 

The Heavyweight Championship is set! @joshcuddlybear vs. @phillipelins live on New Year’s Eve. #PFLPlayoffs

Uma publicação compartilhada por PFLmma (@pflmma) em

– Análise de Josh Copeland

Eu assisti, praticamente, todas as lutas dele na PFL. Ele é um cara bem versátil, troca de base, bate de direita, de esquerda. Faz aquele jogo de amarrar um pouco na grade. Tenho que fazer um jogo de movimentação, trabalhar bem isso, a velocidade e uma hora eu sei que vou entrar com um golpe e finalizar a luta. O ponto fraco dele, talvez, seja o preparo físico, acho que o meu está um pouco melhor que o dele, e vou tirar vantagem disso.

– Planos para US$ 1 milhão

Um milhão de dólares. É um dinheirão (risos). Nunca vi a cor desse dinheiro em toda a minha vida. Eu sou um cara mais experiente hoje em dia, em relação à grana. Não fico ansioso. É claro que dá ansiedade pela quantidade de dinheiro envolvido na luta. Eu procuro sempre focar no que eu tenho que fazer, para depois da luta eu pensar no dinheiro. Procuro não ficar muito focado no quanto vou receber. Acontece isso, mas bem antes. Quando chega próximo, me concentro muito no que tenho que fazer, na estratégia. Eu não penso muito na grana. Eu ganhando, quero ajudar os meus pais no Brasil, deixa-los bem confortáveis, ajudar a minha família e tirar umas duas férias com todo mundo (risos).