Preparador físico do CT Brasil, Marcello Frauches detalha seu trabalho e diz: ‘Treinar não é sinônimo de cansaço’
Por Mateus Machado
Nos dias atuais, para um atleta competir em alto nível nos esportes de combate, diversos quesitos são essenciais para o mesmo obter atuações convincentes e, consequentemente, bons resultados. Um deles é estar bem preparado fisicamente para aguentar a “maratona” de treinos e torneios durante uma temporada. Desta forma, a TATAME conversou com Marcello Frauches, preparador físico do núcleo de atletas do CT Brasil, localizado na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Primeiramente, Marcello detalhou no que consiste o trabalho realizado na equipe, que conta com uma boa estrutura para a preparação dos atletas, e ressaltou a importância de agregar valores em movimentos básicos nos esportes de luta.
“Desenvolvemos um programa de treinamento que tem o objetivo de melhorar o condicionamento físico dos nossos lutadores, fazendo uso de ferramentas que possibilitam agregar valores nos movimentos básicos exigidos pelas modalidades de combate, e também comum para as atividades da vida diária realizados pelo ser humano, como agachar, levantar, saltar, puxar, empurrar e girar”, disse o preparador físico.
Além das qualidades obtidas como um profissional da preparação física, Marcello tem a seu favor o fato de ser faixa-preta de Jiu-Jitsu desde 2011. Desta forma, Frauches detalhou que ter experiência na arte suave contribui bastante para lidar diariamente com os atletas que competem no CT Brasil.
“Sou professor de Educação Física formado pela Universidades Gama Filho (Licenciatura) e Centro Universitário Celso Lisboa (Bacharel), onde venho completando minha especialização em Treinamento Funcional e Recuperação Neuromuscular. Sou faixa preta de Jiu-Jitsu desde 2011. Venho vivenciando as lutas na prática desde muito jovem e, ao iniciar na faculdade, ficou tudo muito claro em relação ao que eu queria fazer. Minha experiência prática contribui muito para criar exercícios parecidos com o gesto motor da modalidade de combate, entender as vias energéticas para quantificar a carga de treinamento e recuperação. Nem sempre o atleta vai sair morto da minha aula, porque às vezes aquele não é o momento. Cansar o lutador não é uma opção, precisamos entender que treinar não é sinônimo de cansaço, o que pode levá-los a um estágio de ‘overtraining’, é desnecessário não respeitar o corpo do atleta”, detalhou Marcello Frauches, que ainda citou a atenção especial com atletas mais jovens e revelou a importância de contar com profissionais de outras áreas.
“Como trabalhamos também com um público de atletas jovens, temos a preocupação de manter ou perder peso e, para isso, também tenho ajuda de psicólogo e nutricionista, ambos com especialização da área esportiva, uma equipe multidisciplinar, propriamente dita”, encerrou.
SERVIÇO:
CT Brasil: R. São Francisco Xavier, 178 – Tijuca, Rio de Janeiro
Telefone: (21) 3174-2534