Presidente do BRAVE CF condena realização do UFC 249 e afirma: ‘Só mostra que o MMA precisa de regulamentação’

Presidente do BRAVE CF condena realização do UFC 249 e afirma: ‘Só mostra que o MMA precisa de regulamentação’

O mundo inteiro foi afetado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a atmosfera do esporte não ficou imune a isso. Praticamente todas as grandes organizações foram obrigadas a tomar difíceis decisões e adiar ou cancelar eventos, jogos e campeonatos.

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O MMA também sofreu alterações, com o adiamento de eventos se tornando uma norma ao redor do planeta (saiba mais aqui). Assim aconteceu com o BRAVE Combat Federation, maior organização de MMA do Oriente Médio. Presidente da companhia, Mohammed Shahid iniciou uma campanha online de conscientização que pretende ajudar a frear a propagação do vírus ao redor do mundo.

Outras organizações, porém, escolheram ignorar a pandemia da Covid-19 e estão colocando vidas em jogo ao “manter o show na estrada”. Com a recente confirmação de que o UFC 249 acontecerá em meio à pandemia, Shahid tocou em um assunto muito próximo ao BRAVE CF – a regulamentação do esporte.

“Todo mundo está perdendo algo com essa pandemia. Só no mundo dos esportes, temos visto jogadores de futebol aceitando cortes nos seus salários, clubes falindo e organizações trabalhando apenas para se manter no jogo. Nós temos organizações como a UEFA e o COI adiando seus maiores campeonatos e eventos e dando exemplo ao fazerem isso”, opinou o presidente, que prosseguiu com a sua análise.

“É nosso dever como representantes do MMA caminhar para frente, mas de um jeito que não coloque ninguém em risco. Nós precisamos dar o exemplo. Essa é um problema coletivo, não podemos mostrar ao mundo que não ligamos para isso, temos que nos unir”, disse Mohammed Shahid, antes de completar:

“Nós estamos mal representados como esporte por conta de decisões como essa. Nós somos o esporte mais feroz? Somos! Temos os atletas mais duros? Com certeza. Mas essa não é a dureza que representamos como esporte, de ir contra regras e regulamentos. Nós precisamos regular o esporte de forma profissional e todos precisamos colaborar coletivamente, como um esporte. As decisões devem ser tomadas com o bem-estar das pessoas e do esporte como prioridade, e não baseadas em dinheiro, por exemplo”.

Desde seu começo, em setembro de 2016, o BRAVE CF organizou 24 eventos em 19 países diferentes, incluindo quatro shows no Brasil. O BRAVE tem trabalhado com federações locais, nacionais e internacionais para o desenvolvimento do MMA em todos os níveis, da prática amadora ao profissionalismo, além de ajudar a IMMAF a organizar o Mundial Amador por três anos seguidos no Bahrein. Para Shahid, este novo sistema é de extrema importância para a evolução do esporte ao próximo passo.

“É preciso introduzir um novo sistema no MMA. Nós precisamos evoluir do negócio de eventos para o negócio do esporte. Nós precisamos tratar o MMA como um esporte, e o MMA deve ser reconhecido como tal. O BRAVE CF, com a liderança e visão de Sua Alteza Shaikh Khaled bin Hamad Al Khalifa, tem liderado o movimento rumo a essa mudança. O dinheiro não deve ser prioridade nesse caso. Se o dinheiro for sua prioridade, você não irá conseguir desenvolver o esporte. Quando você busca o desenvolvimento do esporte, tudo se aloca de forma correta, incluindo o dinheiro em si. E é isso que estamos fazendo no BRAVE”.