Thiago Moisés, de apenas 24 anos, chegou ao UFC com status de revelação para uma nova era do MMA brasileiro. Neste sábado (31), em Guangdong, na China, o atleta da renomada American Top Team mede forças contra Damir Ismagulov, russo que não perde há 13 lutas no MMA, em duelo válido pelo UFC Fight Night 157.
Vindo de excelente atuação no UFC Rio, realizado em maio, onde teve atuação dominante contra Kurt Holobaugh e saiu vencedor por decisão unânime, Moisés quer vencer o embalado russo na luta em pé para mostrar o seu jogo completo no MMA.
“O adversário é da parte de trocação, mas tem o Wrestling muito afiado. Acredito que para vencer essa luta vai ser ali, na trocação, onde treinei bastante. Vai ser uma luta que acredito que o povo vai gostar. Fiz um camp excelente na American Top Team, treinei com vários atletas e o Felipe ‘Buakaw’ Douglas simulou bastante o adversário e o jogo específico para a luta”, analisou Moisés, dono de 12 vitórias e três derrotas no MMA.
Profissional das artes marciais mistas desde 2012, o paulista de Indaiatuba vai para sua terceira luta como atleta do Ultimate e garante que evoluiu, principalmente, como atleta de MMA, desde a sua chegada ao maior evento do mundo no esporte.
“Evoluí como lutador no geral. Meu foco é melhorar em todas as modalidades, seja no Jiu-Jitsu, Wrestling ou na parte em pé com o Boxe e Muay Thai. Como um atleta de MMA, quero sempre estar com minhas armas afiadas. Acredito que o MMA hoje já virou uma modalidade, porque tem gente que começa treinando o MMA. Hoje em dia tem gente que já começa no MMA, já treina todas as modalidades desde cedo. E é isso que eu faço: busco evolução em todas as áreas. É ser sempre um lutador mais inteligente, mais bem condicionado e mais estudioso. A minha mente é aberta como a de um iniciante, que está disposto a aprender tudo. Meu trabalho árduo vai definir o meu sucesso”, apontou o casca-grossa.
Faixa-preta de Jiu-Jitsu, Thiago tem história no circuito competitivo da modalidade. Ele é dono de um título mundial da IBJJF na faixa-azul em cima de Isaque Bahiense, hoje grande referência na arte suave. A seguir, Moisés lembra um pouco como foi o duelo e sugere uma superluta sem quimono.
“Eu lembro que nessa época que me dedicava bastante ao Jiu-Jitsu, treinava todos os dias de quimono e estava muito focado em ganhar o título mundial da IBJJF. Essa luta contra o Isaque Bahiense foi dura, lembro que ele já era um garoto bem duro, forte e técnico. Por conta dos estudos que fiz sobre o jogo dele, pude ter uma estratégia para vencer. É muito legal ver o sucesso do Isaque no Jiu-Jitsu e espero que a gente tenha uma oportunidade de, quem sabe, fazer uma outra luta no futuro. Uma luta sem quimono, quem sabe? Ou quem sabe estar treinando algum dia junto”, encerrou Thiago.
Relembre a luta:
