Professor especializado em Jiu-Jitsu infantil, Rafael Frota lista ‘inúmeros benefícios’ da arte suave para crianças e diz: ‘Vai além do esporte’

Professor especializado em Jiu-Jitsu infantil, Rafael Frota lista ‘inúmeros benefícios’ da arte suave para crianças e diz: ‘Vai além do esporte’

Atualmente morando em Brasília, onde ensina Jiu-Jitsu em uma escola particular para mais de 150 alunos entre 3 e 17 anos, o faixa-preta Rafael Frota entende bem a importância do esporte para o desenvolvimento infantil, em especial nossa arte suave, conhecida também por ser uma filosofia de vida para os praticantes.

Aluno do casca-grossa João Roque – formado por nomes como Oswaldo Alves e Dedé Pederneiras -, Rafael falou com a TATAME sobre o tema, cada vez mais em evidência com o crescimento do Jiu-Jitsu no mundo. Segundo o professor, a idade ideal para uma criança começar a treinar é 3 anos. Os benefícios? Inúmeros.

“O recomendado é a partir dos 3 anos de idade, onde devemos incentivar a movimentação e interação com o meio. Focar nas atividades psicomotoras, já introduzindo de maneira lúdica as movimentações básicas do Jiu-Jitsu. É muito importante nessa idade trabalhar com a criança uma aula mais divertida, sem competições e cobranças excessivas nos treinos”, disse Rafael, que continuou.

“São inúmeros os benefícios do Jiu-Jitsu, mas na minha opinião os maiores são: coordenação motora e consciência corporal; desenvolvimento dos reflexos; equilíbrio mental; interação social; desenvolvimento do raciocínio; autoconfiança; respeito ao próximo; disciplina e hierarquia, entre outros. São muitos benefícios físicos e psicológicos, que com certeza vão contribuir na formação da criança”, completou o casca-grossa.

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Rafael ao lado do seu mestre, João Roque (Foto Jack Taketsugu)

Ainda de acordo com o faixa-preta, o Jiu-Jitsu é uma atividade que, se comparada com outras modalidades esportivas, proporciona para a criança a possibilidade de se desenvolver a todo instante, indo além do esporte, como uma filosofia de vida fora dos tatames. Frota, entretanto, ressaltou: “O diferencial está nas relações interpessoais que o Jiu-Jitsu proporciona. É de extrema importância que a criança pratique outros esportes como a Natação, por exemplo, mas é primordial na minha opinião que ela pratique o Jiu-Jitsu”.

Outro ponto importante para se realizar um trabalho bem feito é a questão da especialização dos professores. Trabalhar com Jiu-Jitsu para crianças, com certeza, impões certos desafios, e saber lidar com eles da maneira correta é um diferencial do lado de quem ensina – e imprescindível para quem aprende.

“É de extrema importância o professor / instrutor buscar se especializar na área se ele quer trabalhar com crianças. Não pense que é apenas abrir uma turma kids e ministrar aulas adaptadas do público adulto para uma turma infantil. Vai muito além disso. O professor precisa entender inúmeros fatores antes de planejar e executar uma aula infantil, como por exemplo qual é a atividade correta para aquela faixa de idade, segurança, planejar etapas, dentre outros fatores primordiais para uma aula segura, eficiente e divertida”, concluiu Rafael, citando ainda que cada criança é única, e por isso os desafios são constantes no dia a dia.