Professor de Jiu-Jitsu suspeito de abuso sexual fica em silêncio durante depoimento; saiba
O professor de Jiu-Jitsu foi levado pela primeira vez à Depca desde que foi preso, mas não falou sobre as denúncias
Professor de Jiu-Jitsu, Alcenor Alves foi preso suspeito de estupro de vulnerável e abuso sexual (Foto: Assis Foto)
O professor de Jiu-Jitsu Alcenor Alves, preso no final de novembro, em Balneário Camboriú (SC), sob suspeita de abuso sexual contra seus alunos, prestou depoimento na última terça-feira (10) e optou por permanecer em silêncio frente à delegada titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), Juliana Tuma. O faixa-preta foi levado pela primeira vez à unidade policial desde que foi preso, mas não falou sobre as diversas denúncias feitas contra ele.
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Vale lembrar que Alcenor Alves foi preso no último dia 23 de novembro, em Santa Catarina, enquanto estava participando como treinador de uma competição de Jiu-Jitsu voltada para crianças e adolescentes. Dias depois, o professor foi transferido para Manaus, tendo em vista que o mandado de prisão temporária foi expedido pela Justiça do Amazonas. A tendência é que o faixa-preta seja indiciado pelos crimes de estupro e favorecimento à prostituição.
Na manhã da última terça-feira, o professor de Jiu-Jitsu foi levado por agentes da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) para o prédio da Depca, levando-se em conta que novos depoimentos de vítimas chegaram à polícia desde que o caso veio à tona e ganhou repercussão nacional. A delegada responsável pelo caso, Juliana Tuma, comentou sobre o andamento das investigações e sinalizou que o inquérito, atualmente em fase final, deve ser encaminhado à Justiça em breve.
“Depois de decisão judicial, hoje a Seap conduziu, com escolta, ele aqui para a delegacia, e ele se reservou, durante o interrogatório, ao direito constitucional de se manter em silêncio. Ele não respondeu às perguntas da autoridade policial e foi encaminhado novamente à unidade prisional. A partir de agora nós vamos concluir, o mais breve possível, o procedimento – que já está na fase final -, e encaminharemos à Justiça”, disse a delegada, em vídeo divulgado pelo “g1 Amazonas”.
Relembre o caso
Preso no dia 23 de novembro, Alcenor Alves participava como coach em uma competição de Jiu-Jitsu voltada para crianças e adolescentes, realizada no Litoral Norte de Santa Catarina. O caso repercutiu rapidamente no meio do Jiu-Jitsu, seja pelas redes sociais e também pela imprensa.
Já no dia 25, por meio de uma publicação conjunta nas redes sociais, os campeões mundiais Matheus Gabriel, Meyram Maquine, Ary Farias e Thalison Soares fizeram um forte relato denunciando Alcenor Alves.
Vale ressaltar que Matheus Gabriel já havia concedido uma entrevista à TV Globo e trouxe à tona que os supostos abusos do professor de Jiu-Jitsu aconteciam há pelo menos 15 anos, durante viagens para a disputa de competições. O atleta foi uma das vítimas a fazer a denúncia e relatou que sofreu o primeiro abuso aos 11 anos de idade.
Por meio de uma nota oficial divulgada, a White House Jiu-Jitsu, equipe onde o faixa-preta dava aulas, se manifestou sobre o caso envolvendo o professor.
“Diante das notícias e dos últimos acontecimentos que envolveram o nosso diretor técnico de alto rendimento Alcenor Alves e da nossa escola, viemos ao público e a comunidade do Jiu-Jitsu informar que estamos no mercado desde março de 2017 e sempre pautamos pelos pilares e princípios do Jiu-Jitsu.
A nossa escola é referência no ensino da formação de campeões, contando com um corpo de seis professores graduados entre a faixa marrom e preta, que trabalham diariamente no ensino do Jiu-Jitsu, e nunca fomos alvo de denúncias sobre qualquer fato que venham denegrir ou ameaçar a integridade das pessoas”, veja a nota completa, AQUI.