O que é o cinturão ‘BMF’? Poirier e Gaethje disputam título de ‘mais durão’ no UFC 291

Geathje e Poirier disputam o cinturão peso-leve do 'BMF' neste sábado (29) (Foto: UFC)
* O cinturão “BMF” está de volta. O título de lutador “mais durão” será contestado novamente neste sábado (29), na revanche entre Dustin Poirier e Justin Gaethje, no evento principal do UFC 291, em Salt Lake City, Estados Unidos. O retorno do título gerou muita comoção online, dividindo a opinião dos fãs sobre sua legitimidade.
Para entender o que está em jogo nessa disputa, precisamos lembrar da origem do cinturão.
Como surgiu o cinturão do “BMF”
Após a vitória sobre Anthony Pettis no UFC 241, em 2019, Nate Diaz se autodeclarou campeão e disse que gostaria de defender seu “cinturão” contra Jorge Masvidal – algo que levou o público à loucura. Dois atletas queridos pelos fãs que nunca tinham se enfrentado, atuando na mesma categoria e com estilos de luta que prometiam um confronto inesquecível. Ou seja, não foi uma decisão difícil para Dana White.
Aproveitando o sucesso de Masvidal em suas últimas lutas, incluindo o nocaute mais rápido da história do UFC sobre Ben Askren, em apenas 5 segundos, um combate dessa magnitude contra Diaz merecia ser o main event de um card. Naquela época, o Ultimate não fazia eventos numerados sem a luta principal ser uma disputa de título, então surge a ideia de criar um cinturão simbólico, como maneira de promover o confronto entre essas lendas.
No UFC 244, em Nova York (EUA), Diaz e Masvidal se enfrentaram pela oportunidade de se tornar o primeiro campeão do “BMF” e carregar o título de “lutador mais casca-grossa”. Após três rounds de trocação, a luta foi interrompida devido a um corte profundo acima do olho de Nate, declarando Jorge Masvidal o vencedor do cinturão. Desde então, muitos questionamentos surgiram sobre o título, que não foi disputado mais nenhuma vez.

Masvidal e Nate se enfrentaram e fizeram a encarada sob os olhares de ‘The Rock’ (Foto: Reprodução)
O que está em jogo para Poirier e Gaethje?
Além de colocar o vencedor da disputa pelo título “BMF” muito perto de uma oportunidade de lutar pelo cinturão da categoria, uma vitória traz um prestígio diferente. É uma oportunidade de destacar um favorito dos fãs por sua dureza, característica que Poirier e Gaethje têm de sobra. A escolha desses dois para esta disputa foi facilitada pela incapacidade deles de terem uma luta chata, como visto no primeiro combate deles. Toda vez que temos um dos dois em ação, é praticamente garantida uma candidata para luta do ano.
Essa também é uma oportunidade de limpar o nome do cinturão, já que da outra vez que foi disputado, a luta foi interrompida por uma paralisação médica. O final anticlimático deixou muitos decepcionados, principalmente quando se tratava de consagrar o “lutador mais durão” da organização.
O momento para trazer o cinturão de volta foi ideal, visto que Jorge Masvidal acabou de se aposentar e Nate Diaz não está mais sob contrato do Ultimate. A porta está aberta para eles conquistarem ainda mais o respeito dos fãs e o vencedor adicionar o cinturão “BMF” para seu cartel, tendo em vista que ambos já foram campeões interino do UFC.
- Texto por Pedro Palma