Quem é Alexa Grasso? Conheça a nova campeã peso-mosca do UFC que chocou o mundo
Jovem e muito experiente, assim pode ser definida a nova campeã peso-mosca feminino do UFC, Alexa Grasso, atualmente com 29, mas que está há mais de dez no MMA profissional, onde coleciona nocautes relâmpagos e finalizações marcantes, mesmo não sendo faixa-preta de Jiu-Jitsu. Aliás, a nova campeã ainda está no meio do caminho para isso. Conheça a trajetória e algumas curiosidades da atleta que colocou seu nome na historia do MMA no último fim de semana.
Grasso iniciou sua carreira em 2012 no peso-mosca (56,7kg) atuando no GEX – Old Jack’s Fight Night, realizado em seu país natal, o México. A jovem atleta, então com 19 anos, estreou de forma arrasadora ao vencer Sandra del Rincon por nocaute em incríveis 15 segundos. No ano seguinte, em sua segunda luta, Alexa conseguiu levar ainda menos tempo para triunfar. Pelo FHC (Fight Hard Championship 3), ela precisou de apenas 12 segundos para nocautear Lupita Hernandez.
Ainda em 2013, a mexicana participou de outro evento em seu país, o 20 Xtreme Kombat, onde fez duas lutas no mesmo dia. Na primeira performance, nocauteou Alejandra Alvarez em 36 segundos de combate. Na sequência, foi a primeira vez que Alexa Grasso não conseguiu nocautear uma adversaria, mas seguiu invicta ao superar Karina Rodríguez por decisão unânime.
O ano seguinte marcou uma subida na carreira da mexicana, que deixou os eventos locais e assinou contrato com o Invicta FC – uma organização norte-americana de MMA, que promove apenas lutas femininas. Alexa desceu de peso e passou a lutar nos palhas (52,1 Kg), onde estreou na franquia americana aos 22 anos contra americana Ashley Cummins e venceu por decisão unânime. Durante a temporada de 2014, Grasso fez mais uma luta e nocauteou a americana Alida Gray no primeiro round.
O ano de 2015 foi de pouca ação para a mexicana que realizou apenas uma luta, mas manteve sua invencibilidade ao vencer por decisão unanime a japonesa Mizuki Inoue, chegando ao seu sétimo triunfo na carreira. O combate, de quebra, foi escolhido como a “Luta do Noite” do Invicta FC 11. Um ano depois, em 2016, Alexa fez sua quarta apresentação no Invicta FC 18, evento no qual fez a luta principal e venceu a americana Jodie Esquibel por unanimidade, recebendo o prêmio de “Performance da Noite”. Após a vitória, Alexa Grasso deixou o Invicta e em mais um avanço na carreira, assinou com o UFC.
A estreia da mexicana do Ultimate seria ainda em 2016, lutando no UFC Fight Night 98, que recebeu a final do TUF América Latina 3, realizada em sua terra natal, o México. Alexa superou a experiente americana Heather Jo Clark por decisão unânime diante de seus compatriotas. No ano seguinte, a peso-palha conheceu sua primeira derrota na carreira. Lutando no co-main event do UFC Fight Night 104, a mexicana perdeu por unanimidade para Felice Herrig.
Alexa Grasso conseguiu se recuperar da derrota ainda em 2017. Em mais uma edição do UFC sendo realizado no México, a atleta esteve no co-main event e, desta vez, saiu vencedora por decisão dividida, após batalha contra Randa Markos no UFC Fight Night 114. O ponto negativo foi que Alexa não conseguiu bater o peso da categoria dos palhas e teve que pagar 20% de sua bolsa a adversária.
Os dois anos seguintes foram no mesmo ritmo, e Grasso alternou entre vitórias e derrotas dentro do Ultimate. Em 2018, ela sofreu um revés diante de Tatiana Suarez, sendo finalizada pela primeira vez na carreira. Alexa Grasso levou um mata-leão da oponente no co-main event do UFC Fight Night 129, que foi realizado no Chile. A recuperação veio na luta seguinte ao superar a polonesa Karolina Kowalkiewicz por decisão unânime no UFC 238. No ano seguinte, a mexicana voltou ao seu país na edição do UFC Fight Night 159. Ela participou do seu quarto co-main event e conheceu seu terceira derrota, ao ser superada por decisão majoritária pela ex-campeã da categoria, a americana Carla Esparza.
Depois dessa alternância entre resultados positivos e negativos, obtendo a marca de 50% de aproveitamento na organização americana, Grasso optou por retornar ao peso-mosca, onde deu seus primeiros golpes da carreira. A decisão, então, mudaria totalmente a trajetória da atleta. A mexicana debutou na “nova” categoria contra a sul-coreana Kim Ji-yeon em 2020, no UFC Vegas 8, e venceu por decisão unânime, sendo sua única luta naquele ano. O mesmo aconteceu em 2021, quando Alexa fez apenas um combate e saiu vitoriosa também por decisão no UFC 258, superando Maycee Barber. Foi a primeira vez que conseguiu vencer dois duelos seguidos no Ultimate.
A boa fase seguiu acompanhado Grasso, que em 2022 realizou outro co-main event, desta vez no UFC on ESPN 33, e conseguiu sua primeira finalização da carreira, ao vencer a experiente lutadora escocesa Joanne Calderwood, ainda no primeiro round com mata-leão. No mesmo ano, depois cinco co-main events desde que assinou com o UFC, Alexa Grasso liderou o UFC Vegas 62 e venceu a brasileira Viviane Araújo por decisão unânime após uma batalha de cinco rounds. Essa foi a quarta vitória seguida da latina, que a credenciou para desafiar a, então, campeã Valentina Schevchenko.
O que aconteceu? Se você não sabe nós contamos. Alexa Grasso chocou o mundo do MMA no último sábado (4), no co-main event do UFC 285, em Las Vegas (EUA). A mexicana conquistou o cinturão dos moscas femininos ao vencer Valentina Schevchenko, que já tinha defendido seu título sete vezes e vinha de nove vitórias seguidas. Alexa se aproveitou de uma falha de “Bullet” e, com um mata-leão, finalizou a luta no quarto round.
Confira abaixo algumas curiosidades da campeã:
- Fala um português fluente
A mexicana deu diversas entrevista falando português após o UFC 285, o que despertou o interesse de muitos expectadores a saber o motivo de a atleta falar tão bem o principal idioma do Brasil. A reposta é que dois de seus treinadores de Jiu-jitsu são brasileiros, o que despertou o interesse em Alexa de dominar o idioma. Como em diversas equipes em todos o mundo, os professor de arte suave são os responsáveis por afiar o jogo de chão da nova campeã. São eles os mestres Alessandro Costa e Diego Lopes da Brazilian Warriors Central.
- É faixa-preta de Jiu-Jitsu?
Quem vê Alexa Grasso finalizar suas últimas três lutas contra adversárias notáveis, deve pensar que a mexicana é uma faixa-preta na arte suave. Quem pensa isso, se engana. Grasso ainda está na faixa-roxa, e tem ainda que se graduar para faixa-marrom, para, então, conseguir a tão sonhada faixa-preta de Jiu-Jitsu.
- Tem própria barra de proteína
A campeã empresta seu nome a uma empresa mexicana que produz e comercializa barras de proteína. O nome Alexa Grasso é estampado em destaque na embalagem.