Rafael dos Anjos analisa camp com José Aldo na Nova União e volta ao peso leve: ‘Cheguei para reconquistar o título’

Rafael dos Anjos analisa camp com José Aldo na Nova União e volta ao peso leve: ‘Cheguei para reconquistar o título’

Atualmente com 35 anos e vindo de quatro derrotas em suas últimas cinco lutas, Rafael dos Anjos está de saída da categoria meio-médio do UFC para voltar à divisão dos leves, onde se consagrou e foi campeão. Seu retorno aos 70kg acontecerá no dia 24 de outubro, em duelo contra Islam Makhachev no UFC 254, provavelmente na “ilha da luta”, em Abu Dhabi. Após três anos lutando nos 77kg, o brasileiro revelou que sua volta ao peso leve se deu após uma sugestão do próprio UFC, com quem renovou contrato por mais seis lutas (contra Makhachev e mais cinco).

“A gente estava sem margem para negociar uma coisa melhor porque das minhas últimas cinco lutas, eu perdi quatro. Ah, foi para o Kamaru Usman, foi luta de cinturão dura contra o Colby Covington, cinco rounds… Não interessa. No fim das contas, foi uma derrota, e isso pesa também. Mas eu acho que, na verdade, essa ideia do UFC, do Dana White e do Sean Shelby darem uma pressionada e falarem para eu descer para o peso leve me deu uma boa alavancada na negociação (para renovar o contrato). Meu empresário conseguiu negociar um valor pra mim que é muito bom, que eu nunca tinha ganhado antes com o UFC, por também ser um ex-campeão, ter subido de categoria, lutado pelo cinturão na categoria de cima… Tenho história na companhia. Graças a Deus a gente conseguiu um contrato muito bom e eu renovei por mais seis lutas”, comemorou o ex-campeão peso-leve, em entrevista ao site Combate.com.

A volta de Dos Anjos para a categoria dos leves não é a única novidade envolvendo a carreira do lutador. Após anos morando nos Estados Unidos, Rafael retornou ao Brasil e fará sua preparação para a luta contra Islam Makhachev na Nova União, onde será acompanhado de perto por Dedé Pederneiras e José Aldo.

“Já voltei de duas semanas de férias e a gente tomou uma decisão aqui em casa. Eu vou fazer esse camp na Nova União com o Dedé Pederneiras. Acho que o Dedé é um cara que a gente vê só falar o que é certo no córner. É o que eu estava falando aqui em casa, em time que está ganhando, não se mexe, mas eu estou tomando de goleada, então é a hora de fazer mudanças (risos). Acho que vai ser um momento bom para a gente voltar às nossas raízes, voltar ao Brasil, sentir aquela energia de novo. Eu senti em mim que o Dedé é um cara que poderia me ajudar. E quanto ao (Islam) Makhachev, é o cara que tem o jogo mais parecido com o campeão (Khabib Nurmagomedov) no momento. Então, ganhando dele, é a prova que eu tenho tudo para ganhar do campeão também. Foi por esse motivo, além de estar ali na mesma noite (da disputa de cinturão entre Khabib e Justin Gaethje), lutar com um cara que tem um jogo tão parecido com o campeão, é uma oportunidade de eu chegar lá e mostrar que retornei para reconquistar o cinturão”, projetou o brasileiro.

Na Nova União, além de Dedé Pederneiras e José Aldo, Rafael dos Anjos terá o auxílio de nomes como Léo Santos e Hacran Dias. Animado por voltar ao peso leve e também ao Brasil, o experiente lutador falou de sua amizade com Aldo, que foi peça importante no processo envolvendo essa nova fase de sua carreira.

“Na verdade, o Aldo já veio aqui (nos EUA), a gente já tinha treinado junto. Ele foi pra academia do Furão para a gente treinar Jiu-Jitsu. Teve um aniversário da Cris (esposa) que ele estava aqui treinando Boxe uma época, e ele foi. A gente está sempre trocando ideia nas redes sociais, eu falei com ele pelo telefone, e ele me botou uma pilha também para eu ir (fazer o camp na Nova União). E o Aldo é um cara campeão, eu sigo muito o exemplo dele também e vai ser muito maneiro treinar com ele, com o Léo Santos, com o Hacran Dias, com aquela galera. Com certeza vai ter muita gente do meu peso, e o Paulo Caruso, que é meu preparador físico de anos no Brasil. Voltar a trabalhar com ele vai ser legal. Estava fazendo um trabalho muito bom com o Rafael Romano na ginástica natural, vai ser uma pena não tê-lo, mas quem sabe ele possa ir ao Brasil umas semanas antes da luta”, concluiu Rafael, que tem 29 vitórias e 13 derrotas no cartel.