Retrospectiva 2020: confira um resumo sobre como foi o ano dos principais lutadores brasileiros dentro do UFC e as expectativas para 2021
Mesmo em meio à pandemia provocada pela Covid-19 e com a paralisação dos seus eventos em março, o UFC fez um grande esforço e se tornou a primeira grande organização entre diversas modalidade a retomar suas atividades, em maio, e até o último dia 19 de dezembro, data em que ocorreu o último card da companhia no ano de 2020, diversas edições foram realizadas e, consequentemente, inúmeros brasileiros entraram em ação ao longo da temporada, que foi dividida em eventos na cidade de Las Vegas (EUA) e também em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
O Brasil fechou o ano de 2020 com dois campeões dentro do Ultimate: Amanda Nunes, atual campeã peso-galo e peso-pena, e Deiveson Figueiredo, que se tornou campeão na categoria peso-mosca. Além disso, outros atletas se aproximaram de disputas de cinturão em suas respectivas categorias, enquanto outros brasileiros chegaram até mesmo a ter a chance de lutar pelo título, no entanto, acabaram derrotados e tiveram o sonho da conquista “cinta” adiado.
Veja um resumo dos principais atletas brasileiros do UFC no ano de 2020:
Deiveson Figueiredo: Sem dúvida, o grande destaque do Brasil no MMA em 2020. O lutador deu uma grande prova de esforço e preparo físico, entrando no octógono quatro vezes este ano. Em fevereiro, derrotou Joseph Benavidez por nocaute, mas não conquistou o cinturão peso-mosca por não ter batido o peso da categoria. Cinco meses depois, em revanche contra o americano, o brasileiro não desperdiçou a chance e faturou o título ao sair vencedor por finalização ainda no primeiro round.
A primeira defesa de cinturão aconteceu já em novembro, e em uma atuação de gala, o “Deus da Guerra” aplicou nova finalização, dessa vez contra Alex Perez, em menos de dois minutos de combate. Ainda deu tempo para, em menos de um mês, Deiveson retornar ao cage, agora diante de Brandon Moreno, em confronto que terminou em empate após cinco rounds.
Amanda Nunes: Campeã peso-galo e pena do Ultimate, a “Leoa” entrou em ação apenas uma vez este ano, em junho, quando defendeu seu cinturão dos penas e derrotou Felicia Spencer na decisão unânime e manteve o título em sua posse. Sem perder uma luta desde 2014, a baiana já tem data e adversária definidas para defender seu título nos 66kg novamente: no dia 6 de março, contra Megan Anderson, no card do UFC 259.
Charles do Bronx: Atleta da Chute Boxe/Diego Lima, Charles, sem dúvida, é uma das grandes esperanças brasileiras no que se refere à cinturão dentro do UFC. Embalado por uma boa sequência de sete vitórias, o paulista fez duas lutas em 2020: em março, finalizou Kevin Lee com uma guilhotina no terceiro round e, no último dia 12 de dezembro, teve uma atuação de gala contra Tony Ferguson, vencendo o ex-campeão na decisão unânime. Vivendo grande fase, Do Bronx está cada vez mais próximo de uma disputa de cinturão na categoria peso-leve.
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Gilbert Durinho: Outro que vive “fase iluminada” na organização é Gilbert. Faixa-preta de Jiu-Jitsu, o brasileiro venceu suas últimas seis lutas no Ultimate, a última delas em maio, diante do ex-campeão Tyron Woodley, e deveria ter disputado o cinturão meio-médio em maio, contra o atual detentor do título, Kamaru Usman. Entretanto, faltando poucos dias para a luta, Durinho testou positivo para a Covid-19 e precisou ser retirado do duelo. Apesar disso, ao que tudo indica, o lutador de Niterói (RJ) deverá receber uma nova chance de lutar pelo título em fevereiro, no card do UFC 258.
José Aldo: Ex-campeão peso-pena, Aldo teve a chance de conquistar o cinturão peso-galo em julho, no entanto, o brasileiro, em disputa de cinturão que ocorreu no UFC 251, foi superado pelo russo Petr Yan por nocaute técnico no quinto round. A recuperação veio neste final de ano, no último dia 19 de dezembro, onde teve um desempenho dominante e superou o equatoriano Marlon Vera na decisão unânime, se aproximando do Top 5 no ranking dos galos da organização.
Paulo Borrachinha: Com atuações impressionantes dentro do octógono, Paulo Borrachinha recebeu a grande chance de sua carreira em setembro, quando disputou o cinturão peso-médio no card do UFC 253, contra o atual campeão Israel Adesanya. Os fãs de MMA criaram uma grande expectativa para a luta, tendo em vista que os dois lutadores, até então, estavam invictos na modalidade. Todavia, o que se viu foi um verdadeiro domínio de Adesanya, que nocauteou o brasileiro no segundo round. Além de ter desperdiçado a chance de se tornar campeão dos médios, Borrachinha sofreu a primeira derrota de sua carreira e terá que refazer sua rota em busca de uma nova chance pelo título.
Glover Teixeira: No auge de seus 41 anos, Glover se reinventou e vive um momento especial em sua carreira no MMA. O mineiro de Sobrália fez dois combates este ano, venceu Anthony Smith e o compatriota Thiago Marreta, e com cinco triunfos consecutivos, se tornou o primeiro colocado no ranking meio-pesado do Ultimate, atrás apenas do atual campeão, o polonês Jan Blachowicz.
Amanda Ribas: Tida como uma das grandes promessas femininas representando o Brasil no UFC, Amanda Ribas, aos poucos, vem ganhando espaço na categoria peso-palha. A mineira de Varginha superou Randa Markos e Paige VanZant este ano e, ao todo, já contabiliza quatro vitórias no UFC. A atleta já está em nono no ranking da divisão até 52kg e, em 2021, tem tudo para se aproximar de uma disputa de título.
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Jessica Bate-Estaca: ex-campeã da categoria peso-palha, Jessica subiu para a divisão dos moscas e, em sua estreia na classe de peso, deu show e derrotou Katlyn Chookagian por nocaute ainda no primeiro round. O grande resultado obtido levou Bate-Estaca logo ao primeiro lugar no ranking das moscas, atrás somente da atual detentora do título, a quirguistanesa Valentina Shevchenko.
Jennifer Maia: Assim como outros brasileiros, Jennifer foi uma das atletas a ter a chance de conquistar o cinturão este ano. A curitibana travou uma disputa intensa contra a atual campeã peso-mosca Valentina Shevchenko, em luta que foi realizada em novembro, no UFC 255, mas apesar do bom desempenho, acabou sendo derrotada na decisão unânime dos árbitros.