Rodolfo Vieira elogia ‘nova geração’ de faixas-preta e promete foco no MMA: ‘Não vale a pena lutar Jiu-Jitsu sem uma preparação suficiente’
* Atualmente voltado para o MMA, onde é parte do plantel do UFC na categoria peso médio, Rodolfo Vieira fez história no Jiu-Jitsu e, mesmo sem competir na modalidade, segue acompanhando, agora como espectador, a evolução da arte suave nos últimos anos. Pentacampeão mundial pela IBJJF (International Brazilian Jiu-Jitsu Federation), o “Caçador de Faixa-Preta” assistiu, de casa, à quinta edição do BJJ Statrs, que consagrou Felipe Preguiça como campeão do GP dos Pesados, e contou ainda com seis superlutas de alto nível.
Em entrevista à TATAME, Rodolfo exaltou o trabalho liderado por Fepa Lopes no BJJ Stars, principalmente pela premiação de R$ 100 mil ao vencedor do torneio na divisão dos pesados. Além disso, o segundo e terceiro colocados do GP também receberam bônus em dinheiro, bem como os atletas que fizeram a “Luta da Noite” (Felipe Preguiça x Erich Munis) e a “Finalização da Noite” (Gabriel Rollo), nos valores de 10 mil reais.
“Para mim é ótimo (acompanhar o crescimento do Jiu-Jitsu), porque eu sou apaixonado, amo assistir Jiu-Jitsu. Se deixar, eu vejo esses eventos de Jiu-Jitsu o dia inteiro, sou viciado. O Fepa Lopes está conseguindo fazer um evento (BJJ Stars) que nunca vi igual, muita fera lutando, vários craques e com uma premiação absurda. Fico feliz demais. Não sinto vontade nenhuma de estar lá (risos), até porque quando eu vejo, sinto o quanto que preciso treinar para poder fazer frente com qualquer um que estava naquele GP. Isso já me cansa (risos). Como fã, fico muito feliz e torcendo para surgirem ainda mais eventos como esse”, celebrou Rodolfo, revelando na sequência quais são os faixas-preta da nova geração que vêm impressionando ele.
“Além do Gutemberg (Pereira), que já é um atleta que conheço bem, vejo que os irmãos Erich e o Anderson Munis são moleques muito bons, que chegaram muito bem na faixa-preta, num nível altíssimo. Dos que já estão na faixa-preta nos últimos anos, tem o Kaynan Duarte, que é um monstro, o Nicholas Meregali, o Victor Hugo e o Fellipe Andrew. São esses que vejo como destaques da nova geração na preta”, apontou.
Lutando profissionalmente MMA desde 2017, Rodolfo realizou algumas participações pontuais em eventos de Jiu-Jitsu, principalmente de lutas casadas. Sua última apresentação aconteceu em dezembro de 2020, no evento “Who’s Number One”, onde acabou sendo finalizado por Kaynan Duarte. O multicampeão revelou que o duelo em questão o fez “repensar” e, consequentemente, optar por manter seu foco no UFC.
“Eu recebo muitas propostas para fazer lutas casadas. A última vez eu lutei contra o Kaynan Duarte, depois disso, repensei e vi que não vale a pena fazer lutas contra atletas de nível muito alto sem ter um tempo de preparação suficiente. Não vale a pena apenas pelo fato de me manter ativo no Jiu-Jitsu ou pelo dinheiro. Então, não está nos meus planos, mas a gente não sabe o dia de amanhã. Se eu estiver muito apertado de dinheiro ou se minha família passar necessidade, vou lá e luto (risos). Mas no momento, não é prioridade”.
* Por Mateus Machado