‘Sem desculpas’, Ferguson descarta aposentadoria após nova derrota e afirma: ‘Esse cenário não vai acontecer novamente’
Tony Ferguson vem de três derrotas consecutivas no UFC (Foto: Reprodução/Instagram/@tonyfergusonxt)
Aos 36 anos, Tony Ferguson vive a fase mais “delicada” de sua carreira no MMA profissional. Derrotado na decisão unânime por Charles do Bronx, no último sábado (12), pelo UFC 256, o ex-campeão interino peso-leve amargou, pela primeira vez em seu cartel, uma sequência de dois reveses, tendo em vista que também foi superado por Justin Gaethje, em maio, no card do UFC 249. Apesar do momento de instabilidade, “El Cucuy” já pensa em retornar aos treinos visando os desafios que terá pela frente em 2021.
Isso, logicamente, descarta qualquer possibilidade de aposentadoria por parte do americano, que luta profissionalmente desde 2008 e, antes dos reveses para Do Bronx e Gaethje, chegou a emplacar uma incrível série de 12 vitórias consecutivas no UFC. Em uma publicação feita em suas redes sociais na última terça-feira (15), Ferguson não deu desculpas para o resultado negativo diante do brasileiro, exaltou o desempenho do atleta da Chute Boxe/Diego Lima, citou que não atua da mesma forma sem a presença do público e destacou que o sonho de ser o principal lutador da categoria peso-leve do Ultimate segue “intacto”.
Normalmente, quando um atleta renomado é superado por outro mais jovem e talentoso, o resultado pode apontar para uma possível ‘troca de guarda’ no MMA, e algo parecido ocorreu na luta entre Tony Ferguson e Charles ‘Do Bronx’. No UFC 256, evento realizado no último sábado (12), em Las Vegas (EUA), o brasileiro dominou o ex-campeão interino do peso-leve (70 kg) por três rounds e a performance fez Dana White elogiar o, até então, azarão. Contudo, o presidente da companhia se mostrou preocupado em relação ao futuro do norte-americano que, ao saber disso, se posicionou.
Em suas redes sociais (veja abaixo ou clique aqui), Ferguson não deu desculpas para justificar a derrota sofrida para Charles e, do seu modo, enalteceu a qualidade que o algoz apresentou no jiu-jitsu. Apesar de viver o momento mais delicado de sua carreira, já que foi derrotado nas últimas duas lutas que disputou, o norte-americano, de 36 anos, afastou qualquer possibilidade de se aposentar. Além disso, ‘El Cucuy’, como o atleta é conhecido, revelou que não atua da mesma forma sem a presença do público e garantiu que não abandonou o sonho de ser o número um da categoria.
“Sem desculpas. Eu me senti sem graça. Dei boas-vindas ao ataque, em vez de me defender. O tempo de aquecimento no UFC não tem sido o mesmo de antes da Covid-19. Mas sem desculpas. Os tempos mudam e as pessoas também. O tempo entre o hotel e o UFC Apex é mais curto e o nível de agressividade que precisávamos não foi atingido. É minha culpa. Chuck (Charles do Bronx) estava procurando pegar minhas costas ou ir para o armlock assim que fomos para o chão. Não me preocupei com a montada, o garoto é esperto, mas eu também. Eu estava procurando por um nocaute em pé ou por um estrangulamento quando estava por baixo, durante as transições. Foi divertido lutar contra um atleta de forte pressão. Guarde minhas palavras, esse cenário não acontecerá novamente. Meu braço está bem e o armlock estava muito justo. Aprendi muito sobre mim este ano e qual é o meu propósito na vida. Minha busca por aquela palavra épica chamada ‘grandeza’ não acabou. Estou longe da aposentadoria. Agradeço a minha equipe pela luta em três semanas. Obrigado por não me abandonarem. Equipe, estamos apenas arranhando a superfície. Mal posso esperar para competir na frente de uma multidão barulhenta de novo. Não é o mesmo sem todos vocês”, escreveu “El Cucuy”.
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