Sem lutar há 18 meses, Poliana retorna ao UFC contra Gillian e projeta: ‘Podem esperar uma lutadora mais completa’

Sem lutar há 18 meses, Poliana retorna ao UFC contra Gillian e projeta: ‘Podem esperar uma lutadora mais completa’

* Sem lutar desde abril de 2019, quando saiu vitoriosa diante de Lauren Mueller, a peso-mosca Poliana Botelho vai retornar ao octógono no próximo dia 17 de outubro, na “ilha da luta”, em Abu Dhabi (EAU), para encarar Gillian Robertson. Inicialmente, no mês de agosto, a oponente da brasileira seria Maryna Moroz, que se lesionou e precisou abandonar a luta.

Em entrevista à TATAME, Poliana comentou sobre esse período de um ano e seis meses sem lutar: “Acabou que eu fiquei mais de um ano sem lutar porque a Maryna Moroz se machucou. Se ela não tivesse se machucado, teria um pouco menos de um ano. Quando eu voltei aos treinos, acabei me lesionando. Fiquei um pouco de molho. Acho que foi como experiência, porque não fiquei parada. Eu continuei (treinando) da maneira que dava, mas acho que foi só para me fortalecer e me tornar uma atleta mais madura”, afirmou.

Já sobre a próxima oponente, a mineira fez uma análise do jogo de Gillian – que venceu quatro das seis lutas que teve dentro da organização. Além disso, a canadense ocupa a 15ª colocação no ranking dos moscas.

“A Gillian é uma lutadora que vem fazendo boas lutas e acabou finalizando (Cortney Casey) na sua última luta pelo UFC. É uma lutadora que eu já estudei, vi as lutas. Ela é calma, bem tranquila… Gosta muito mais de ir para o chão fazer o jogo de grappling, tem um Jiu-Jitsu afiado e bem justo. Ela vai fazendo tudo com calma. Estarei preparada”, projetou a brasileira, que venceu três das suas quatro apresentações pelo Ultimate.

Confira outros trechos da entrevista com Poliana Botelho:

– Evolução que teve durante o período sem lutar

Eu estou doida para lutar, porque desde a luta contra a Maryna (que seria em agosto deste ano) eu estava com outro tipo de treinamento de Wrestling, de chão e eu tenho evoluído muito. Ia usar nesta luta, mas ela se lesionou. Estou muito ansiosa, quero ver a minha atuação dentro do octógono. Podem ter certeza que vocês vão ver uma atleta muito mais madura e completa de MMA. Acho que o tempo parada não me prejudicou, só veio a somar. Fiquei um pouco mais madura. Sem dúvida me sinto mais completa agora.

– Impacto financeiro e esportivo da pandemia

A pandemia foi um baque não só para o Brasil e para os atletas, mas para o mundo inteiro. Sobre patrocínio, acabei perdendo. Eu fiquei com um patrocínio apenas que foi me salvando. Foi um período muito difícil, no fim da minha recuperação. Mas, eu consegui treinar muito, me desenvolver também neste período. No início da pandemia, eu tive dificuldade para treinar, tive que fazer atividades em casa, correr na rua, pulava corda e me desenrolava (risos). Depois que voltaram os treinos na academia, deu para desenvolver bem.

– Gillian como bom nome para este recomeço

Todo mundo que está dentro do UFC são atletas duras. Para estar ali dentro, que é o maior evento do mundo, você tem que estar bem preparado. Não pode tá de bobeira, ela (Gillian Robertson) já aparece no ranking (peso-mosca, até 57kg), então, é uma atleta duríssima. Lutou com muita gente conhecida, muita gente dura. Acho que vai ser uma ótima luta e vamos fazer um grande show para todo mundo.

– Camp para o duelo contra Gillian Robertson

Os treinos estão andando normal. Tem muito tempo que eu estou treinando e tem mais de um mês que eu estou mantando o mesmo peso, sem dificuldade alguma. Eu ajudei no treino inteiro da Ketlen Veira também (que esteve em ação no UFC 253, no último dia 27), então, me ajudou a ficar na ativa. Agora, estou no meu camp e lapidando para fazer um bom plano A e B para essa luta contra a Gillian, no dia 17 de outubro.

– Análise da luta Jennifer Maia x Valentina

A Jennifer vem fazendo lutas boas, teve uma finalização, achou o armlock no tempo certinho. É a vez é dela mesmo de enfrentar a Valentina Shevchenko (campeã). Com certeza, a torcida será sempre pelas brasileiras. Independente se é a minha categoria ou não, mas esse é o momento dela de disputar o cinturão. Vamos torcer por ela, que é brasileira e vai representar o nosso país. Vai ser uma luta bem complicada, porque a Valentina é uma lutadora canhota. Pra mim, ela é a maior lutadora que tem no UFC, a mais completa. É versátil e boa em todas as áreas, mas ninguém é invencível. E eu estarei torcendo pela Jennifer Maia.

* Por Diogo Santarém