Artigo: Síndrome de Asperger – veja a importância dos professores de artes marciais entenderem o transtorno

Novo artigo publicado na TATAME explica e traz detalhes sobre a Síndrome de Asperger; confira todos os detalhes e opine

Artigo: Síndrome de Asperger – veja a importância dos professores de artes marciais entenderem o transtorno

Novo artigo publicado na TATAME traz detalhes e explica a Síndrome de Asperger (Foto: Reprodução/@henriquesaraivajj)

* Artigo relacionado à Síndrome de Asperger. Antes de começar a falar do Autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), precisamos entender que não se faz diagnóstico na fala da vizinha que leu um artigo sobre o assunto, no que a professora acha em relação ao seu filho que faz lembrar o autismo, a tia do marido que ficou sabendo que o primo é autista e o seu filho também nasceu com o transtorno porque é parecido, ou até mesmo a mãe que assistiu em algum canal de TV que seu filho tem três características, na qual afirma inquestionavelmente que você tem uma criança autista em casa. 

Autismo não é moda. Pare de banalizar, o autismo tem que ser investigado por profissionais da medicina e respeitado por todos.

Nota: O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) foi incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mental (DSM-V) em 2013. Ele se refere a um conjunto de transtornos de desenvolvimento que cursam com dificuldades de comunicação, interação social, linguagem e comportamento.

Infelizmente, hoje a falta de responsabilidade em rotular a criança é imensa. Muitos acreditam no diagnóstico de autismo feito por “fulanos” e “sicranos”, não tendo consciência que este rótulo será levado de forma prejudicial para a vida toda.

Em geral, quem é reconhecido por diagnosticar o autismo é o neuropediatra ou psiquiatra infantil, aonde irá para cinco terapias essenciais para o desenvolvimento do TEA, e o plano de tratamento deve ser multidisciplinar, ou seja, ele envolve médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogo, pedagogos e professores.

Quais são os tipos de autismo? 

Transtorno Invasivo do Desenvolvimento: esse é um tipo de autismo grave, mas não tão comprometedor como o Transtorno Autista.

Transtorno Autista: o transtorno autista é aquele que traz sintomas mais graves, por isso, em geral, o diagnóstico da condição ocorre em torno dos 3 anos.

Transtorno Desintegrativo da Infância: entre todos os tipos de autismo, esse é o mais grave e também o mais incomum. De uma maneira geral, o diagnóstico é feito na infância, entre os 2 e 4 anos.

Síndrome de Rett: em geral, os sinais da Síndrome aparecem em torno do sexto ao décimo oitavo mês da criança, quando ela: começa a torcer demais as mãos, tornando-se um hábito, para de responder socialmente, perde suas competências linguísticas e apresenta um crescimento da cabeça inferior, sendo este muito abaixo do normal até os dois anos.

E finalmente vamos falar da Síndrome de Asperger. Esse é um dos tipos de autismo mais leve (nível 1), ocorre com mais frequência nos meninos do que nas meninas, e suas dificuldades são:

  • Dificuldade com relacionamentos sociais: eles tentam relacionar-se, no entanto, apresentam dificuldade na compreensão da comunicação não-verbal, por exemplo: expressões faciais;
  • Problemas com Comunicação: falam de forma fluente, mas normalmente não prestam atenção se, de fato, as outras pessoas estão a ouvir. Embora possuam boa capacidade linguística, apresentam dificuldades em entender piadas ou frases metafóricas.
  • Apresentam dificuldade em pensar de forma abstrata, o que pode causar problemas de aprendizagem;
  • Interesses Específicos: normalmente desenvolvem interesses específicos num tipo de coleção ou hobby, às vezes de forma obsessiva;
  • Rotina: sair da rotina pode ser algo altamente irritante para o Asperger, na escola aborrecem-se com mudanças súbitas, como mudanças de atividades.
  • Falta de atenção e concentração: ao realizar uma tarefa com facilidade, se distraem, mesmo com a menor coisa.

Como lidar com alunos com Síndrome de Asperger?

Geralmente, essas crianças precisam aprender a reagir e se relacionar com as pessoas para adquirirem um repertório de habilidades sociais, aprender a dialogar, evitando agressões e palavras inadequadas. O apoio dos colegas, aqueles dispostos ajudar, não apenas na classe, mas em outros locais onde costumam se encontrar.

Essas crianças geralmente estão em seu mundo de fantasias e imaginação e os pais e professores devem procurar sempre trazer essas crianças para o mundo real. Assim, fazem com que se sintam menos afastadas e menos diferentes dos colegas da escola e das outras pessoas. 

As dificuldades para praticar esportes devem ser respeitadas. Não adianta forçar uma atividade que elas não conseguem desenvolver com a mesma facilidade que as outras crianças. As modalidades esportivas devem ser incentivadas, mas não de forma competitiva.

Ficar atento em relação à vulnerabilidade emocional da criança com Síndrome de Asperger é fundamental, pois a criança pode apresentar comportamentos como: desânimo, isolamento, estresse (desmotivação), choro, são sinais que indicam que a criança não está bem emocionalmente. É importante buscar ajuda de um profissional da saúde (psicólogo).

A psiquiatra Maria de Lurdes Candeias garante que, “se as crianças com Síndrome de Asperger forem bem tratadas e estimuladas pela família e se fizerem a escolaridade normal, podem conseguir ser autônomas na vida adulta e constituir família”.

Nos últimos anos, vários estudos científicos têm nos ajudado a compreender o Autismo (Síndrome de Asperger) e as diversas formas de estimulá-los, e não será diferente nas academias de artes marciais, que já estão recebendo esses alunos ou irão receber. Por esse motivo espero que, ao receber essas crianças, os professores estejam receptivos e aptos.

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Quem sou eu? Mônica de Paula Silva, também conhecida como Monica Lambiasi, é graduada em Pedagogia desde 2004. Concursada pela Prefeitura de Embu Guaçu – SP, atua há 13 anos como psicopedagoga clínica, área na qual é pós-graduada desde 2006. Em 2008 concluiu pós-graduação em Didática Superior, e em 2009 concluiu pós-graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva. Já em 2017 concluiu pós-graduação em neuropsicopedagoga, e atualmente estuda psicanálise e neurociência. Também é escritora.

Contatos: WhatsApp (11) 99763-1603 / Instagram: @lambiazi03

* Por Mônica de Paula Silva

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Novo artigo publicado na TATAME traz detalhes e explica a Síndrome de Asperger (Foto: Reprodução/@henriquesaraivajj)

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