GSP quer algo ‘excitante’ para retornar e dispara contra Dana: ‘Não me controla’

GSP quer algo ‘excitante’ para retornar e dispara contra Dana: ‘Não me controla’

Em novembro passado, Georges St-Pierre retornou ao octógono do Ultimate, destronou Michael Bisping e conquistou o cinturão dos médios, no UFC 217, em Nova York (EUA). Pouco mais de um mês após o feito histórico, o canadense abriu mão do título e alegou que estava com colite ulcerosa, uma enfermidade inflamatória crônica do intestino grosso, que ocasiona úlceras na camada interna do cólon. Segundo o lutador, isso teria sido reflexo do processo para “ganhar peso”, uma vez que ele subiu para a divisão acima. Em entrevista ao MMA Fighting, GSP disse que ainda está se medicando, mas a doença foi “controlada”.

“Estou sob medicação, mas comecei a fazer jejum intermitente e isso me ajudou muito. Muitos dos meus sintomas desapareceram e eu me sinto melhor, no entanto, perdi bastante peso. Parece que a causa disso (doença) foi provavelmente o fato de que eu tentei comer tanto, e me forcei a comer para elevar meu peso, e com o estresse e tudo mais, eu não acho que foi bom fazer isso. Eu aprendi com os meus erros. Eu preciso aguardar minha condição (de saúde) para ver qual será o meu peso e onde minha saúde estará. Eu ainda estou sob medicação, então não posso lutar neste momento”, comentou o canadense, deixando o seu futuro no MMA em aberto, mas sem dar muitas pistas.

“Eu não fechei a porta (da minha carreira). E também, eu vou ter que pensar sobre o peso (para lutar), nos médios, meio-médios, leves, qual seria o peso. Ganhei o título em 77kg muitas vezes. Não significa que não posso voltar e tentar ir para o título (de novo), mas para mim, agora que estou no final da minha carreira, precisa de algo que me excite”.

Sobre o retorno ao UFC 217 na divisão dos médios, GSP revelou que tinha muito a perder. O lutador afirmou que “comprou” a ideia do seu treinador, John Danaher, e que não liga para as críticas que recebeu após abandonar o cinturão da categoria. O ex-campeão ainda afirmou que Dana White, presidente do Ultimate, “não o controla”, e mandou um recado.

“Eu poderia ter perdido muito (com o retorno). Coloquei o meu legado em jogo. Foi muito arriscado. Foi uma ideia que começou primeiro com o meu treinador John Danaher, ele disse: ‘Você lutou em 77kg toda sua vida, uma das principais críticas foi que você nunca subiu uma categoria de peso. Por que você não tenta enfrentar o campeão dos médios?’. E pensei que era uma ótima ideia para encerrar uma dessas críticas. Eu tive muito tempo para ganhar peso, e é isso que eu fiz. E eu mudei meu caminho de treinamento. Eu tentei me tornar mais emocionante como um lutador, mais oportunista, alguém que pode terminar as lutas, não apenas ganhar na decisão. Essa foi a minha outra crítica. […] Foi um risco (o retorno). Eu assumi o risco. E o Dana (White) talvez não esteja feliz por isso, porque ele não me controla. Talvez ele esteja acostumado a lidar com pessoas que ele controla, mas ele não me controla. Eu não dependo da luta. Eu não preciso do UFC para viver. Estive lá, fiz isso, mas não dependo de lutar mais”, encerrou o experiente lutador.