Tainã Ursa destaca crescente número de mulheres nas artes marciais e diz: ‘Estamos no caminho’

Tainã Ursa destaca crescente número de mulheres nas artes marciais e diz: ‘Estamos no caminho’

Por Yago Rédua

Impulsionado pelo MMA feminino que tem crescido no Brasil, principalmente com as campeãs do UFC, Cris Cyborg e Amanda Nunes, outras modalidades de luta estão sendo impactadas. Tainã Ursa, que vai ministrar um seminário de Muay Thai exclusivo para mulheres no CT Brasil, no próximo domingo (4), contou sobre esse momento vivido, mas destacou a disparidade em relação ao valor das bolsas pagas as atletas.

Faça sua inscrição no seminário, aqui

“O crescimento feminino das mulheres na luta, ainda está longe do ideal. Mas, de qualquer forma, é difícil ter o ideal para quem vive de luta, seja homem ou mulher. Mas, eu acho que já tivemos muitos avanços. Eu estou aí na estrada há menos de dez anos, mas quando eu comecei, nem tinha tanta luta assim, era maior sufoco. Hoje em dia, existem eventos só femininos, muita menina para lutar. Eu tinha que ficar correndo atrás de meninas para lutar. A qualidade técnica melhorou muito, antigamente eram pouquíssimas lutas boas. Atualmente, não é porque eu sou mulher, mas as lutas femininas são as mais técnicas. As mulheres têm a técnica mais apurada do que os homens. Acho que é pelo fato de não podermos depender tanto da força, de dar um soco e adversária cair, nem sempre conseguimos fazer isso, então, atentamos mais a esses detalhes. A ascensão das mulheres no MMA e no UFC, principalmente, está dando um UP a todas as mulheres. Ainda temos carência, em relação a diferença de bolsas. As mulheres sempre recebem menos do que os homens. Em 99% dos eventos, a menina tem um cartel melhor do que o cara, mais experiência… Outras meninas, assim como eu, que já lutou fora do país, vai fazer co-main event, que a luta masculina é a principal, e ela ainda vai ganhar menos. Mas, estamos no caminho. Nós estamos mostrando que podemos dominar e fazer bem, nesta área que sempre foi tão masculina”, contou Tainã em entrevista à TATAME.

A lutadora ainda relembrou como foi a temporada de 2017 e projetou o ano de 2018. Tainã ainda revelou que pretende voltar a Tailândia, berço do Muay Thai, para seguir aprimorando o seu jogo.

“2017 foi um ano de Muay Thai bom para mim, apesar de eu ter muitos contra-tempos. Perdi algumas lutas por problemas de saúde, perdi uma disputa de cinturão por problemas de asma, agora no fim do ano, sofri um acidente. Me machuquei um pouco, estou tendo que fazer fisioterapia, não vou poder fazer algumas lutas que eu estava em vista. Mas, no geral, foi um ano bom. Eu fiquei 2015 inteiro e quase 2016 parada, por conta de uma lesão que e eu tive na minha coluna. Foi péssimo. Em 2016 da segunda metade para frente, eu consegui disputar um título mundial, fiz duas lutas só, mas foi ótimo após ficar um ano e meio parada. Consegui o que eu queria, que era voltar. Em 2017, consegui engrenar. Comecei o ano lutando, depois fiz um torneio de três lutas durante o ano, que dava uma premiação, com passagem para a Tailândia, com cinturão, era uma categoria acima da que eu luto. Eu consegui vencer, então, assim, o que eu gostaria de ter feito, eu fiz. Voltar e engrenar. Profissionalmente, foi um ano ótimo. Espero que 2018 seja ainda melhor, estou com os meus planos e minhas metas traçadas. Antes do meio do ano, se Deus quiser, estou de volta à Tailândia e, aí sim, vai ser só progresso. Porque lá é muito bom para quem vive de luta”, encerrou.

SERVIÇO: 

Técnicas de Muay Thai para mulheres

Número de vagas: 40 vagas
Data/hora: 4 de fevereiro, às 10h (de Brasília)
Local:
 Rua São Francisco Xavier 178, Tijuca – RJ – CT BRASIL
Valor: R$ 80,00
Formas de pagamento: cartão de crédito ou depósito em conta
Dados bancários: Santander, AG 4350 – CC 13000574-2

*** Enviar o comprovante para [email protected]