TATAME Visita: líder da GFTeam Cachambi abre as portas e fala sobre a ‘evolução’ do Jiu-Jitsu

TATAME Visita: líder da GFTeam Cachambi abre as portas e fala sobre a ‘evolução’ do Jiu-Jitsu

Por Yago Rédua

No Cachambi, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a TATAME visitou uma filial da GFTeam  comandada pelo professor Alberto Ramos. Além de ministrar aulas, o faixa-preta também é assíduo competidor e vê isso “como um algo mais”, tendo em vista que, para ensinar aos alunos, precisa constantemente ficar atualizado. Em um bate-papo, o casca-grossa abriu as portas da sua academia e conversou sobre diversos temas relacionados à arte suave.

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Alberto relembrou o começo nas artes marciais através da Capoeira. Em 2004, iniciou no Jiu-Jitsu e não parou mais. Campeão em diversos torneios importantes do cenário nacional e internacional, ele contou sobre o crescimento da modalidade e a oportunidade que muitas pessoas têm em viver da arte suave, seja competindo ou dando aula, por exemplo. Além disso, também apresentou os benefícios que a modalidade pode passar para os praticantes.

Confira abaixo a entrevista na íntegra com Alberto Ramos:

– Início da trajetória nas artes marciais e no Jiu-Jitsu

Comecei treinando Capoeira em 1997, com 12 anos de idade, para emagrecer. Em 2004, eu comecei a treinar Jiu-Jitsu. Cheguei a ficar treinando os dois esportes por um tempo, mas logo depois eu larguei a Capoeira e me dediquei só ao Jiu-Jitsu, onde sigo até hoje.

– Crescimento do Jiu-Jitsu durante os últimos anos

Um esporte incrível! Hoje eu vejo que o Jiu-Jitsu é para todos, não tem idade, tamanho, cor ou classe social… Hoje, um atleta/professor consegue viver do esporte, ter uma vida confortável através do Jiu-Jitsu. E só está começando, daqui a alguns anos, vai ser muito melhor, graças ao crescimento do nosso esporte, que com certeza vem evoluindo.

– Maiores benefícios para quem pratica a arte suave

Os benefícios são vários: autoestima, controle emocional, perda de peso, uma vida mais regrada, alívio do estresse, maior foco nos seus objetivos. Enfim, eu percebo uma mudança muito grande na vida dos meus alunos assim que começam a treinar e se dedicar ao Jiu-Jitsu, essa arte que é fascinante. Com ela, eu tenho o poder de mudar a vida das pessoas, fazer com que elas achem a melhor versão delas. Não tenha dúvidas, mergulhe de cabeça sem pensar duas vezes… Você não vai se arrepender. O Jiu-Jitsu é rejuvenescedor.

– Jiu-Jitsu competição x Jiu-Jitsu estilo de vida

Eu levo os dois estilos comigo, acredito que o Jiu-Jitsu competidor faz você ser o seu melhor a cada dia, enquanto o Jiu-Jitsu life style te faz levar uma vida regrada e fazendo as coisas certas para estar sempre bem com você mesmo, seu corpo e com o seu Jiu-Jitsu.

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Alberto Ramos recebeu o segundo grau na sua faixa preta em dezembro de 2017 (Foto reprodução Facebook)

– Momento atual do Jiu-Jitsu e profissionalização

O nosso esporte está em constante evolução. O Jiu-Jitsu está evoluindo, porque alguns eventos estão nos dando o valor que um atleta merece ter, os patrocinadores estão apoiando mais, estamos ganhando espaço na mídia, os atletas estão cada vez mais profissionais. Há alguns anos atrás, era impossível viver só do esporte. Hoje vemos atletas de alto nível que apenas competem, nem aula precisam dar, e isso só vai aumentar.

– Ligação com a GFTeam e planos para 2018

Eu sempre treinei na GFTeam, antes era a antiga equipe Gama Filho de Jiu-Jitsu. Meu contato com o Jiu-Jitsu foi através do meu professor Arthur César, o Gogo. Graças a ele, eu conheci o mestre Júlio César e, desde então, eu nunca mais larguei eles (risos). Sou muito grato a tudo que eles e a GFTeam fizeram por mim, eles estão comigo nessa caminhada.

– Diferenças de se trabalhar como professor e atleta

Não vejo muita diferença em dar aula e continuar levando uma vida de atleta. Na verdade, às aulas com os alunos me ajudam a melhorar tecnicamente, pois sempre estou estudando o Jiu-Jitsu para levar o melhor que eu consigo para os meus alunos. A competição está no meu sangue. Eu nunca vou parar, só se alguém me proibir ou eu não conseguir mais lutar.