Tayane fala sobre volta ao Jiu-Jitsu no BJJBET e diz: ‘Encontrei a minha felicidade’

Tayane fala sobre volta ao Jiu-Jitsu no BJJBET e diz: ‘Encontrei a minha felicidade’

Tayane Porfírio, 27 anos, voltou às competições em grande estilo depois de ficar afastada do circuito por três anos. Campeã mundial na faixa-preta, a estrela da Double Five foi um dos destaques da segunda edição do BJJBET, realizada no dia 1º de agosto, ao vencer Gabi Pessanha (Infight) em uma das lutas principais da noite.

Em entrevista exclusiva ao repórter Vitor Freitas, da TATAME, a faixa-preta brasileira comentou sobre o seu retorno e relembrou a difícil batalha que travou contra a depressão, quando ainda morava na Inglaterra.

“Eu saí do Brasil dizendo que nunca mais ia competir Jiu-Jitsu e quando cheguei lá, em Londres (ING), já não treinava tanto, foquei mais em trabalhar. Mas aí eu comecei a me conhecer melhor, antes tentava ser o que as pessoas falavam. Nesses 10 anos de Jiu-Jitsu, eu fui me rotulando com o que as pessoas diziam e isso me fez muito mal, porque acabava trazendo pra mim a expectativa dos outros. Eu fiz cursos e li livros sobre a parte mental, fui ficando mais segura e hoje sei que não tenho que provar nada para ninguém”, revelou ela.

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Tayane voltou às competições no BJJBET (Foto Milena Maldonado / TATAME)

Ao longo do bate-papo, Tayane Porfírio, entre outros assuntos, analisou o triunfo por 2 a 0 sobre Gabi Pessanha – um dos principais nomes da nova geração da arte suave entre as mulheres – após uma raspagem, como lidou com a pressão da volta e deixou sua opinião sobre o que é ser a rainha do Jiu-Jitsu.

“Não tem rainha dentro do Jiu-Jitsu, eu acho. Penso muito nisso… Não tem como eu me intitular rainha, se não lutei com todas e nem ganhei de todas. Não que a Gabi se intitulou, não estou querendo dizer isso. Claro que o público que falou e tal. Para ser rainha é muito além disso, sabe? Sobre a luta, é o que eu amo e escolhi fazer, e quero ganhar. Fui lá e dei o meu melhor. A gente nunca luta como quer, porque o nervosismo atrapalha muito, mas no fim deu tudo certo”, ressaltou a faixa-preta da equipe Double Five, no Rio de Janeiro.