Thiago Moisés destaca importância da vitória sobre Johnson e reforça desafio a Pettis: ‘Tenho as armas para vencê-lo’
* Um dos grandes destaques neste retorno do Ultimate em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o brasileiro Thiago Moisés entrou em ação no último dia 13 de maio, no UFC Jacksonville, quando anotou uma importante vitória sobre o experiente Michael Johnson pela divisão dos leves. Faixa-preta de Jiu-Jitsu, Thiago finalizou Johnson no início do segundo round, com uma botinha – segundo ele mesmo confirmou – e, em entrevista à TATAME, ressaltou a importância do triunfo para a sequência da sua trajetória.
“Com certeza foi a vitória mais importante da minha carreira, eu estava precisando dela para renovar meu contrato com o UFC. Além disso, pelo nome que o Johnson tem, já foi Top 6, venceu ex-campeão, fez luta principal, então essa vitória foi uma volta por cima para mim. Daqui pra frente é continuar subindo degraus rumo ao topo da divisão”, disse o representante da American Top Team, detalhando sua finalização.
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“Todo o percurso da finalização foi uma técnica que eu treinei muito. Eu sabia que o Michael Johnon era um cara duro de se botar pra baixo, mas também confiava na minha superioridade no solo. Então, mesmo eu estando por baixo, a ideia era atacar, e a chave de pé foi uma das finalizações que eu mais treinei. Na verdade, ali eu cruzei a perna de fora por cima da perna do Johnson, o que seria ilegal no Jiu-Jitsu, todo mundo achou que a finalização foi uma chave de calcanhar, mas na verdade foi uma botinha. É ilegal no Jiu-Jitsu, mas no MMA, não. Ouvi o pé dele estalar várias vezes, até ele ser obrigado a bater”, completou.
Ainda de acordo com Thiago, além da sua preparação na ATT, um dos segredos para a vitória foi ouvir seus córners no intervalo do primeiro para o segundo round, depois de um início de luta melhor para Johnson.
“O Michael Johnson é muito bom no Boxe, joga de canhoto, então isso dificulta mais. Acho que comecei a luta bem, mas aí deixei ele crescer, ganhar confiança, e sai do primeiro round em desvantagem. No intervalo, meus treinadores (Luciano Macarrão, Katel Kubis e Marcos Parrumpinha) falaram que era para eu ir pra cima, botar pressão e usar o meu Jiu-Jitsu, e foi o que eu fiz. Quando começou o segundo round, fui pra cima e consegui botar em prática tudo o que nós treinamos juntos”, destacou o peso-leve.
Por fim, o brasileiro falou sobre a falta que a torcida faz, afinal, o evento aconteceu de portas fechadas por conta do novo coronavírus, elogiou o retorno do UFC e destacou sua vontade de enfrentar Anthony Pettis.
“Eu queria muito enfrentar o Anthony Pettis. Sou movido por desafios, e ele é um grande nome, já foi campeão da categoria, e assim como eu venci o Johnson, acredito que tenho todas as armas para vencer o Pettis, e é isso o que eu quero. Além disso, gostaria de agradecer ao UFC por estarem retornando e cuidando da saúde, da segurança dos atletas. A gente fazia teste todo dia, cada atleta tinha sua própria sala de treinos, o hotel estava fechado para o pessoal do UFC, então a gente sabia que estava seguro”.
* Por Diogo Santarém