Dono da regra do jogo, UFC pode ser ameaçado com sucesso de lutadores de MMA no Boxe; leia e opine

Dono da regra do jogo, UFC pode ser ameaçado com sucesso de lutadores de MMA no Boxe; leia e opine

Dana White revelou quais são, para ele, os lutadores "mais intimidadores" em encaradas (Foto: Reprodução)

Grandes organizações de MMA cresceram nos últimos anos, como Bellator, PFL e ONE Championship, mas nenhuma ainda ameaça o reinado do UFC como líder do segmento global. Dana White, presidente do Ultimate, ainda mantém uma folga com a construção da marca ao longo dos anos.

Mas uma ameaça real pode começar a comprometer negociações futuras de contratos do UFC com os seus atletas, o Boxe. Muito mais antiga e tradicional que o “jovem” MMA, a nobre arte é conhecida por grandes números de pay-per-view nos Estados Unidos e bolsas milionárias.

Nomes que marcaram época no UFC e atualmente estão se testando no Boxe, casos de Anderson Silva, Vitor Belfort, José Aldo, Ronaldo Jacaré, Tyron Woodley, entre outros, alertam para ganhos superiores em relação as bolsas recebidas nos tempos de Ultimate. Mas, até o momento, a modalidade virou um caminho para atletas que já não tinham mais pretensões no MMA.

Esse Boxe paralelo aos das principais organizações, WBA, WBC, WBO, IBF e The Ring, é voltado exclusivamente para o entretenimento – o cunho esportivo, de conquistar cinturões, é praticamente inexistente. O grande impulsionador disso tudo tem sido o youtuber Jake Paul, que enfrentou e venceu Anderson Silva, Tyron Woodley e Ben Askren.

Até o momento, Dana White não se importa com a ida de veteranos para o Boxe. São atletas que já não tinham mais “utilidade” ao UFC – e a maioria vinha acumulando mais derrotas que vitórias em retrospectos recentes. Mas as negociações com Francis Ngannou, que era o campeão dos pesados e decidiu deixar a companhia, e Paulo Borrachinha – que soube usar também essa possibilidade do Boxe para renovar seu acordo por uma quantia milionária – expõe o que pode ser o futuro do Ultimate.

Dana vai ter margem para segurar a maioria dos seus grandes atletas, pelo que o UFC representa, a oportunidade e gratidão que muitos competidores possuem com a empresa. Mas negócios são negócios. Lutadores que estiverem se sentindo desprestigiados por uma valorização financeira, podem testar o mercado. E, neste caso, o Boxe pode ser uma grande oportunidade.

Ou seja, Dana pode começar a perder lutadores do escalão intermediário ou até futuras promessas que possam chegar ao topo da franquia. Lutadores que são importantes para promover inúmeros eventos Fight Nights da companhia ao longo do ano.

O UFC vai precisar valorizar mais seus atletas que não estão no topo e entregam um bom produto ou será necessário ceder em alguns pontos, talvez perder a exclusividade. José Aldo tentou várias vezes lutar Boxe, mas não foi autorizado. Conor McGregor conseguiu e o Ultimate ainda foi co-produtor da luta do irlandês com Floyd Mayweather. Visionário, Dana pode andar por esse caminho, como fez com “Notorious”.

O futuro que se avizinha vai precisar de um posicionamento do UFC quanto a isso. Ignorar o crescimento de eventos de Boxe com lutadores de MMA é um erro que Dana White, empresário e empreendedor, não pode cometer. Desde a época do sucesso do Pride, nos início dos anos 2000, o Ultimate nunca foi tão ameaçado dentro do seu mercado.

aldo e belfort se pesam para a disputa do ufc rio

Aldo e Belfort estarão em ação neste sábado (1) em evento de Boxe (Foto: Reprodução)

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