Valorizado no Rizin FF, Roberto Satoshi vai na contramão da maioria e garante: ‘Não tenho vontade nenhuma de lutar no UFC’

Valorizado no Rizin FF, Roberto Satoshi vai na contramão da maioria e garante: ‘Não tenho vontade nenhuma de lutar no UFC’

* Brasileiro com raízes japonesas, o faixa-preta Roberto Satoshi é um dos grandes representantes do Jiu-Jitsu no Rizin FF, organização de MMA liderada pelo dono do antigo PRIDE, Nobuyuki Sakakibara. Após fazer carreira na arte suave, Satoshi, hoje aos 29 anos, estreou nas artes marciais mistas em 2013. Desde então, são nove vitórias – seis finalizações e três nocautes – e nenhuma derrota.

Mas apesar do bom momento, Roberto sabe que pode entregar mais. Em entrevista exclusiva à TATAME, o lutador falou sobre sua fase e a evolução no jogo em pé. “Eu ainda não acho que estou no nível que quero chegar. Quero me sentir mais confortável, então sei que tenho muito o que melhorar”, disse o casca-grossa, completando:

“Por isso mesmo tenho treinado bastante a parte em pé, não quero ser um lutador mais ou menos, não quero ser aquele cara que os adversários pensam que se ele não for para o chão vão ganhar a luta. Fiz minhas primeiras lutas para pegar essa experiência e hoje estou bem mais confortável na parte da trocação, com certeza. A maior dificuldade para nós do Jiu-Jitsu, sem dúvida, é perder o medo de trocar porrada”.

Dito e feito, as últimas lutas de Satoshi comprovam a melhora do lutador na trocação. Desde que ele estreou no Rizin, neste ano, venceu Satoru Kitaoka, em abril, e Mizuto Hirota, em julho, ambos por nocaute. Seu próximo passo é no GP dos Leves da organização, onde terá grandes rivais na busca pelo título.

“Tento não pensar muito na frente, apenas seguir. Quero ganhar luta por luta e melhorar a cada adversário para me tornar um lutador completo. Tem muito adversário perigoso nesse GP dos Leves do Rizin, tem ex-lutadores do UFC, alguns nomes novos, sem falar no Patricky Pitbull, do Bellator, então vai ser dureza”.

Por fim, Satoshi falou sobre o seu futuro no mundo das lutas e, na contramão da maioria dos lutadores, revelou “não ter vontade nenhuma de lutar no UFC”. Morando no Japão, o brasileiro realizou a maioria das suas lutas na Ásia e pretende seguir por lá, retornado ainda às suas origens na arte suave.

“De verdade mesmo, eu não tenho vontade nenhuma de lutar no UFC, sou muito feliz e valorizado no Rizin, por mim luto aqui até me aposentar. Meu objetivo no MMA é fazer dinheiro (risos), então me sinto bem aqui. Já o Jiu-Jitsu, não. Assim que eu tiver uma brecha nas lutas de MMA vou vestir o quimono. Não me aposentei (risos). Jiu-Jitsu eu faço por amor e ainda é meu carro-chefe no MMA”, encerrou o faixa-preta.

* Por Diogo Santarém