Triunfo sobre ‘favorito’ Anthony Pettis impulsiona Raush Manfio nos playoffs da PFL: ‘Mais confiante’

Triunfo sobre ‘favorito’ Anthony Pettis impulsiona Raush Manfio nos playoffs da PFL: ‘Mais confiante’

* O peso-leve Raush Manfio, aos 29 anos, está no auge da forma física. Sua força, velocidade e resistência impressionaram no duelo contra Anthony Pettis – ex-campeão do UFC – no encerramento da temporada regular da PFL (Professional Fighters League), no último dia 25 de junho, em Nova Jersey, nos Estados Unidos.

À TATAME, Raush comentou sobre a estratégia usada: “Na luta contra o Pettis, eu priorizei soltar meu jogo e não ficar intimidado pelo nome dele, sabe? Comprar a briga ali com ele é pagar pra ver e, tecnicamente falando, trabalhei muito os chutes frontais que o acertaram em cheio e fizeram ele andar para trás”, analisou.

O “Cavalo de Guerra”, como é conhecido, conquistou duas vitórias na primeira fase e garantiu vaga nos playoffs. O atleta da American Top Team revelou os momentos que o marcaram durante a luta com Pettis.

“O momento mais difícil foi quando falaram que era decisão dividida… Na hora, pensei: ‘Caraca, vão puxar para o lado dele (risos)’. Mas que bom decidiram a meu favor! No combate, não fiquei abalado com nada que ele fez. Eu estava receoso no primeiro round, mas logo que trocamos alguns golpes senti que poderia impor meu ritmo. O ponto mais positivo no meu jogo foi que quando eu acelerei 100%, cheguei muito perto de nocauteá-lo. Isso me deu mais confiança, pois eu sei que posso nocautear qualquer um. Às vezes, dá um medo de arriscar, sim. Dessa vez, soltei o jogo e isso me deixou muito mais confiante para as próximas”, disse.

Raush também contou que ao passar no “deserto”, onde ficou três anos sem lutar profissionalmente, a sua mentalidade teve uma mudança notável. Para ele, o poder mental que tem agora o deixa duas vezes mais perigoso do que já era: “O fato de a minha mente estar blindada nos últimos combates, eu creio que é devido ao jeito que venho me entregando no dia a dia. Sabe, três anos se passaram e eu não lutava. Eu tive que voltar à essência da arte marcial mesmo… Por que eu luto? Essa foi a pergunta que me fez crescer e tive a resposta na quase luta com o Natan, que foi algo que me abalou emocionalmente. Então, hoje, estou completamente feliz lá dentro do cage e consigo lembrar de tudo que passei como um combustível pra estar ali, lembrar que venci o pior”, relatou o peso-leve, que segue forte na disputa pelo prêmio de US$ 1 milhão.

Na semifinal da pós-temporada da PFL, agendada para o dia 13 de agosto, Raush vai medir forças com Clay Collard. O americano está embalado com quatro vitórias seguidas e promete uma disputa acirrada contra Manfio por uma vaga na decisão. Como o brasileiro pretende sair vitorioso? Ele destacou alguns pontos.

“Sei que ele tem um Boxe muito afiado, principalmente, na curta distância. Ele tem um bom condicionamento físico e é um cara muito duro, mas todos os outros também eram. Mas já sei o que fazer para ganhar dele, tomara que dê certo (risos). A minha prioridade é soltar o meu Muay Thai e as quedas quando encurtar. Por incrível que pareça, eu tenho um jogo de quedas muito bom e quase nunca uso. Creio que nessa luta, pelo nosso jogo, vai ser um duelo bom de colocar para baixo no momento certo”, projetou o lutador da ATT.

* Por Vitor Freitas e Yago Rédua