Paulo Borrachinha analisa derrota de McGregor para Poirier no UFC 257: ‘Conor está anos luz à frente, mas ele não mostrou vontade de vencer’
O retorno de Conor McGregor, no último sábado (23), na luta principal do UFC 257, gerou grande repercussão e, como já é tradição em duelos envolvendo o irlandês, atraiu os olhares de inúmeros fãs de MMA. No entanto, quem esperava uma volta triunfal do ex-campeão duplo do Ultimate viu seu adversário, Dustin Poirier, roubar a cena e sair vitorioso por nocaute no segundo round. O confronto gerou inúmeros comentários e análises, e uma delas foi de Paulo Borrachinha, ex-desafiante ao cinturão peso-médio da organização.
Através de seu canal no YouTube, o brasileiro ressaltou que Conor estava melhor na luta, até ser nocauteado pelo americano. Borrachinha também destacou que McGregor não vem mais mostrando a garra de outros tempos, ao contrário do seu oponente, que mesmo em desvantagem, não mostrou sinais de desistência e brigou pelo resultado até o fim, sendo premiado com o nocaute.
“Muita gente vai esquecer de dizer o quão bom é o Conor McGregor, o quão diferenciado e monstruoso ele é. Vão esquecer que, no primeiro round, o Dustin Poirier foi cozinhado, assado e frito pelo McGregor, quase nocauteado. McGregor está anos luz à frente do Poirier, é notável a sua superioridade técnica. No segundo round, Poirier mostrou que tem coração, nessa divisão ele está mais resistente. Conor não mostrou a vontade de vencer, a garra, o sangue nos olhos, faca nos dentes. É compreensível. Ele está mega milionário, mais rico que o Dana White. Se vocês não sabem, o Dana ganha mais de U$ 70 milhões por ano só do UFC.
Conor ganha mais que isso só do UFC, além de todas as outras coisas que tem, como marca de roupa, o seu uísque. É muito dinheiro. Acho que o Conor não tem mais essa raça, essa vontade. Ele precisa de um desafio muito grande, acho que apenas o Khabib (Nurmagomedov) o faça voltar com determinação depois disso tudo. Ele tem treinado bem, foi superior ao Dustin no primeiro round e seria no segundo, se não fosse o coração do Dustin e a vontade dele de ganhar, que foi muito maior”, analisou Borrachinha.
Veja o vídeo completo abaixo: