St-Pierre revela contrato para duelo com Whittaker, mas deixa o futuro em aberto
O retorno de Georges St-Pierre era visto com muitos questionamentos por parte de especialistas e fãs de MMA, principalmente pelo período de quatro anos afastado do octógono e por voltar na divisão dos médios. Entretanto, no UFC 217, realizado no último sábado, no Madison Square Garden, em Nova York (EUA), o canadense mostrou toda a sua categoria para finalizar Michael Bisping, o então campeão da categoria até 84kg.
Em entrevista ao site MMA Fighting, na última quinta-feira (9), GSP revelou que, por uma questão contratual, ele tem que lutar com Robert Whittaker, atual campeão interino da divisão. No entanto, mesmo assim, St-Pierre fez mistério e deixou o futuro em aberto.
“A divisão dos médios não acreditava que eu fosse lutar com Michael Bisping. E eu fiz, ganhei, e ganhei de forma contundente. Está escrito no meu contrato (que tenho que lutar contra Whittaker). Se isso me deixa empolgado? Eu não sei. Ele é um excelente lutador, e ele estava em Montreal há um tempo – ele é um incrível artista marcial. Ele é um grande campeão. Tenho apenas coisas positivas a dizer sobre o Robert Whittaker. Eu não sei (o que virá pela frente). Olha, acabei de terminar uma luta muito dura. Ainda estou machucado, ainda sinto dores no meu pescoço. Preciso de descanso. Eu vou sair de férias, esclarecer minha cabeça e ver qual será o próximo objetivo”, apontou St-Pierre, afirmando que não quer “congelar” a divisão e que Dana White, presidente do UFC, pode intervir.
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“Vou demorar algumas semanas e depois vou decidir. Não tenho vontade de manter o título e congelar a divisão (dos médios). Não é isso que eu quero fazer. Há muitas coisas diferentes que podem mudar. MMA é um esporte que muda o tempo todo, e como eu disse: ‘queria voltar para fazer história’. Fazer algo que nunca tinha feito antes. Eu sei que está no meu contrato (para lutar contra Whittaker), mas você nunca sabe. Dana (White) pode aparecer com alguma proposta (diferente), é esperar pra ver”, projetou o canadense.
Em relação a semana da luta, St-Pierre revelou todo o estresse que passou envolvendo a pressão pela vitória e o medo de perder. O atual campeão dos médios chegou a classificar como “insuportável”, mas afirmou que “ama” lutar, e por isso continua na ativa.
“Não há trabalho perfeito. A única coisa ruim sobre o meu trabalho é que às vezes eu preciso lutar. Eu preciso subir ao octógono e lutar. Lutar é divertido, mas a semana da luta, a incerteza da luta, o medo de ser humilhado – porque fazemos um trabalho louco. São dois caras que entram em um cage e apenas um cara que vai conquistar a vitória. O outro cara vai perder e fará tudo (o camp) por nada. As chances são relativamente 50-50 para cada lado. Há sempre o medo de ser humilhado, perder, o medo de ter feito todo esse sacrifício louco por nada. Isso é louco, isso é quase insuportável”, desabafou o canadense.