Da selva para o mundo: Jungle Fight completa 18 anos e Wallid relembra momentos marcantes

Da selva para o mundo: Jungle Fight completa 18 anos e Wallid relembra momentos marcantes

Na última segunda-feira, dia 13 de setembro, o Jungle Fight completou 18 anos da sua primeira edição, realizada no Ariaú Amazon Towers, hotel localizado no meio da Floresta Amazônica. A princípio, o show promovido por Wallid Ismail, com apoio do ex-senador e lenda das artes marciais no Japão Antonio Inoki, e dos manauaras Mário Jr e Amin Aziz, tinha como objetivo chamar a atenção para a Amazônia. Com o sucesso, se tornou a principal liga de exportação de lutadores para o maior evento de MMA do mundo, o UFC.

“A ideia inicial era voltar a atenção do mundo para a Floresta Amazônica, tanto que o show foi, literalmente, no meio da selva. Vieram japoneses, plantamos árvores e escalamos só casca-grossa no card. O evento foi tão bom, fez tanto sucesso, que batemos recorde de audiência no SporTV – nem existia canal Combate ainda na época, era ‘Faixa Combate’ no SporTV. Fomos líderes de audiência no primeiro evento. Foi transmitido ao vivo para o Japão também. Enfim, deu tão certo que a gente não tinha como parar”, recordou Wallid.

Aquele card – que visto nos dias de hoje se tornou estrelado – contou com o nocaute de Jorge Patino Macaco sobre Ronaldo Jacaré na luta principal, além das vitórias de Lyoto Machida contra Stephan Bonnar e Fabrício Werdum diante de Gabriel Napão. Também venceram naquele evento Evangelista Cyborg e Ebenezer Braga.

Ao longo desses 18 anos, o evento rodou as cinco regiões do Brasil e realizou uma edição na Europa, com Jungle 7 na Eslovênia. Passaram pela selva lutadores já consagrados na época, casos de Rogério Minotouro e Jorge Patino Macaco, e alguns que viriam a se consagrar, como José Aldo, Fabrício Werdum, Lyoto Machida, Charles Do Bronx e Deiveson Figueiredo. Wallid elegeu as lutas mais marcantes das mais de mil realizadas.

“Lyoto contra Bonnar foi uma guerra, a cara do Jungle. José Aldo contra Luciano Azevedo também foi inesquecível. Iuri Marajó x Francisco Massaranduba. Também teve a última luta do Deiveson no Jungle, contra Denis ‘3 Dedos’, uma batalha com um festival de knockdowns no primeiro round. Alex Poatan x Quemuel Ottoni levantou o público. E Amanda Lemos com a Mayra Cantuária. Só guerra”, apontou o dirigente.

As finalizações e os nocautes mais memoráveis também foram lembrados pelo presidente do evento, que mesclou momentos das primeiras edições com os últimos cards realizados. “O nocaute do Deiveson sobre o Denis ‘3 Dedos’ depois de cair duas vezes. O nocaute do Werdum no Ebenezer, já que foi um cara do Jiu-Jitsu nocauteando um cara do Muay Thai. Finalizações eu lembro do Ronaldo Jacaré sobre o Alexander Shlemenko e o Borrachinha pegando o Eduardo Camelo, a única finalização do Borrachinha na carreira”.

São muitas histórias nesses quase 20 anos de existência, desde superação até curiosidades, como, por exemplo, quem criou o cage circular que abriga as lutas do evento, que antes utilizava os tradicionais ringues: ninguém menos que o renomado arquiteto Frank Gehry, o mesmo que elaborou o Museu Guggenheim e da Disney. Além disso, teve edição realizada embaixo de chuva – Jungle 17, na Praia da Costa, em Vila Velha -, dentro de escolas de samba – Mangueira e Rocinha -, sob o viaduto de Madureira e na Cidade de Deus.

A próxima edição do Jungle Fight está marcada para o dia 15 de outubro na cidade de São Paulo. Fique ligado nas redes sociais do evento para mais informações: “É só o começo da nossa história”, afirmou Wallid.