Carlos Boi se pronuncia após suspensão por caso de doping e alega inocência: ‘Me sinto injustiçado’

O ano de 2022 começou conturbado para Carlos “Boi”, considerado uma das principais promessas brasileiras na categoria peso-pesado do UFC. Na última terça-feira (18), foi noticiado que o lutador recebeu uma suspensão de 18 meses e uma multa de 15% da sua bolsa depois de testar positivo em um exame antidoping feito no dia 16 de outubro do ano passado, data em que enfrentou Andrei Arlovski no UFC Vegas 40 e foi derrotado na decisão unânime dos jurados. O anúncio da suspensão foi feito pela USADA (Agência Antidoping dos EUA).

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Atualmente com 27 anos de idade, Carlos Boi testou positivo para o agente anabolizante Boldenona e seus metabólitos. Com isso, o lutador foi multado em US$ 4.200 de sua bolsa e US$ 489 pelas taxas de acusação. Sua suspensão, vale ressaltar, é retroativa ao dia do teste pelo qual foi submetido em 16 de outubro, o que significa que o atleta estará liberado para voltar a competir apenas a partir do dia 16 de abril de 2023.

Nesta quarta-feira (19), Carlos Boi quebrou o silêncio e se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto. Através de um vídeo divulgado em sua conta oficial no Instagram, o atleta deixou claro que não fez uso de nenhuma substância proibida, colocando em dúvida o resultado positivo indicado no teste. Carlos ainda afirmou que foi submetido a três exames antidoping pela USADA, e nenhum deles acusou qualquer tipo de infração. O baiano também explicou o motivo de não entrar com uma ação para provar que, possivelmente, tenha feito uso de alguma substância contaminada.

“Como todos sabem, fui pego no doping por uma substância chamada Boldenona e tenho plena consciência que não fiz uso de nada. Fiz um teste da USADA 20 e poucos dias antes da luta e deu limpo. Fiz outro 20 dias depois e também deu limpo, e mais um 30 e poucos dias e deu o mesmo resultado, só esse da luta, que não foi pela USADA, mas pela Comissão Atlética de Nevada, que deu positivo, o que faz gerar uma certa dúvida. Como que uma substância que é para cavalo vai sair do meu corpo tão rápido assim? Não vejo uma explicação plausível para isso.

Eu me sinto injustiçado. Quem me conhece, sabe que até remédio eu evito tomar, sempre pesquiso para não ter esse tipo de coisa. Na semana da luta, eu estava com sinusite e não podia tomar remédio, porque um dos remédios para isso no período de luta conta para doping, aí agora para chegar e dar positivo para algo que não tomei.

Infelizmente, o custo da defesa sai muito caro, só de advogado dava mais de 10 mil dólares e mais o custo para testar cada suplemento que seriam mais 5 mil dólares. Acho isso uma palhaçada, atrasa a vida de uma pessoa por dois anos, sendo que não fiz nada. Estou sendo julgado injustamente, mas vamos voltar mais fortes”, disse Carlos Boi.

 

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Com um cartel de 11 vitórias e duas derrotas no MMA profissional, Carlos Boi faz parte do plantel do UFC desde 2020 e vinha embalado por vitórias consecutivas sobre Yorgan De Castro, Justin Tafa e Jake Collier, respectivamente, antes da derrota sofrida para Andrei Arlovski em sua última apresentação.

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