Arma do assassinato de Leandro Lo era propriedade da PM, e investigação descarta legítima defesa
O policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo é acusado da morte de Leandro Lo (Foto: Reprodução)
A investigação do assassinato do multicampeão Leandro Lo, que foi assassinado no último domingo (7), descartou a hipótese de legítima defesa por parte de policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo. O PM é acusado de atirar na cabeça do lutador à queima-roupa em uma confusão durante um show no Clube Sírio, em São Paulo.
Segundo informações do UOL Esporte, a investigação é tratada como assassinato, pelo fato de a bala ter acertado o rosto de Leandro Lo. A legítima defesa poderia ser considerada se o policial tivesse atirado nos membros inferiores do lutador.
O delegado José Eduardo Jorge, titular do 16º DP da Vila Clementino, afirmou que a arma utilizada por Henrique Velozo no disparo contra Leandro era de posse da Polícia Militar. Em coletiva, o delegado deu mais detalhes da investigação até aqui.
“O que nós sabemos é que houve um mal-entendido dentro do show. As pessoas envolvidas, por causa de uma garrafa que ainda estamos em apuração, se desentenderam. […] Segundo as testemunhas ouvidas no dia dos fatos, o lutador teria imobilizado o policial no chão. Quando aquela turma do ‘deixa disso’ (entrou), o policial teria levantado, dado a volta e ficado de frente pro lutador. Aí tirou a pistola e deu um tiro na testa de Leandro Lo. (A pistola) é da corporação, está apreendida junto com o celular”, destacou José Eduardo Jorge.
Na madrugada de sábado (6) para domingo (7), durante o show no Clube Sírio, teve o total de dez pessoas entrando armadas – inclusive o policial Henrique Velozo, acusado de atirar em Lo. Segundo o delegado, todas cumpriram o procedimento padrão neste caso que era deixar nome e documento na portaria.
O responsável pela investigação do caso também disse que não é possível ainda saber se o PM, que estava de folga, estava ingerindo bebida alcoólica quando atirou contra o lutador e afirmou que as imagens cedidas pelo Clube Sírio “é muito ruim” e não dá para identificar ou reconhecer ninguém.