Após derrotas de Aldo em disputas de título, Dedé diz: ‘Continua sendo o maior’
Por Yago Rédua
Ex-campeão dos penas, José Aldo coleciona em sua galeria os títulos do extinto WEC e do UFC. Após perder o cinturão para Conor McGregor, em 2015, o brasileiro voltou a recuperar o posto em 2016, mas no ano seguinte viu o posto ir embora após derrota para Max Holloway. Além disso, ainda teve uma revanche com “Blessed”, mas voltou a ser nocauteado. No entanto, Dedé Pederneiras, treinador do manauara, acredita que o lutador ainda é o maior nome da história da divisão até 66kg, por tudo o que fez.
“Eu vejo muito por quem domina a categoria por muito tempo. Enquanto não aparecer alguém que faça o que ele fez, pra mim ele continua sendo o maior da categoria dos penas. Independente do que acontecer no meio do caminho. Você não pode computar um cara que é o maior da divisão, tendo vencido o campeão uma vez e abandonando o peso para subir para outra categoria. O campeão pra mim, maior de todos, é aquele que dominou por muito tempo. Dominou não só por um ano, mas por cinco (anos). Os caras que ganharam dele, eram garotos que viram ele lutar. Pra mim, esse é o dominador da divisão”, disse Dedé, que vê Aldo se aposentando após seu contrato com o Ultimate terminar.
“Eu acredito que sim (faça as três lutas e se aposente). Eu fui o cara que dei mais força para ele, quando ele voltou a ser campeão contra o Frankie (Edgar), em julho de 2016. Nós fomos à Las Vegas para tentar o cancelamento do contrato, para ele lutar Boxe. Ele não queria mais lutar MMA. Na negativa, combinamos que ele estava aposentado, saímos de lá e no dia seguinte o Dana (White) me liga. Ele disse que ia colocar uma disputa de título na categoria dele. Falei: ‘Oh, vai ter uma disputa na sua categoria’. Ele respondeu: ‘Não, não, não… no meu título, não’ (risos). Acho que depois dessas três lutas, ele se aposente ou acabe indo fazer outra coisa”, projetou.
Sobre o Boxe, sonho antigo de Aldo, Dedé contou que, neste momento, o foco é no MMA. O treinador revelou que “convenceu” o ex-campeão a deixar essa ideia, a princípio, de lado.
“Acho que tudo é momento. Ele teve um momento que queria muito lutar Boxe, estava colado com o pessoal. E acaba se motivando, porque ele treina bem com os caras e fica nesse negócio. Hoje em dia, praticamente não falamos sobre isso. Consegui colocar na cabeça dele que ele tem que focar no MMA e quando acabar o contrato, ele pensar em outra coisa. Vai jogar bolinha de gude… Mas agora é lutar MMA”, encerrou.