Max Gimenis ainda acredita em soberania brasileira no Jiu-Jitsu, mas ressalta: ‘Temos que abrir o olho’
Natural do Rio de Janeiro, Max Gimenis se mudou para os Estados Unidos em busca do sonho de se tornar um dos melhores lutadores de Jiu-Jitsu do mundo. Faixa-preta e pupilo do mestre Julio Cesar Pereira, Max tem feito bonito pelos eventos onde tem competido. Vencedor de diversos torneios, tanto com quanto sem quimono, o lutador falou sobre como é competir nessas modalidades.
“Finalizei o ano de 2018 competindo muito sem quimono. Agora já tenho algumas lutas marcadas, dia 16 de fevereiro contra o Mahamed Aly, e dia 23 contra o Kaynan Duarte. Acho que não tem muita diferença em relação a lutar com quimono. No primeiro semestre, costumo lutar mais com quimono e o segundo sem, parece que meu corpo está adaptado a isso. Estou treinando há bastante tempo, me sentindo bem, preparado, e a meta é sair campeão do que for disputar”, analisou.
Bronze no Campeonato Mundial No-Gi, realizado no fim do ano passado, Max Gimenis encontrou uma pedreira pelo caminho, onde encarou Roberto Cyborg no torneio vencido por Gordon Ryan, tido por muitos como o melhor lutador sem quimono do planeta nos dias atuais. Campeão do Open de Chicago, e prata e bronze no Pan de Nova York No-Gi em 2018, Gimenis falou sobre os planos para esse ano.
“Meus principais planos esse ano são quase os mesmos do ano passado. Me manter treinando, melhorar a minha academia, quero deixar ela maior, mais organizada. Vou me casar depois do Pan, quero me manter competindo em alto nível, a única coisa que mudei em relação ao ano passado foi o casório”.
Em plena ascensão no Jiu-Jitsu, Gordon Ryan vem desbancado diversos brasileiros nos eventos sem quimono do cenário norte-americano. Com a alta procura de americanos pelas academias de Jiu-Jitsu, onde diversos brasileiros ministram aulas, o surgimento de novos talentos estadunidenses tem sido inevitável. Porém, mesmo com a nítida evolução dos norte-americanos no esporte, Max ainda acredita que o Brasil é soberano na arte suave.
“Ainda acho que o Brasil está no topo do Jiu-Jitsu. A maioria dos faixas-preta ainda são brasileiros, mas precisamos ficar espertos, pois ainda falta muito apoio para os atletas menos graduados. Isso atrapalha muito, pra eles virem competir nos EUA, onde acontece os campeonatos de maior prestígio, fora o Campeonato Brasileiro, que é muito competitivo, temos que abrir o olho pra não ficar pra trás”, finalizou.
Focado nos treinos, Max Gimenis se prepara para enfrentar dois grandes desafios ainda esse mês quando mede forças com Mahamed Aly e Kaynan Duarte em superlutas.