Lutador potiguar supera fome, violência e hoje é uma das apostas de Patrício e Patricky Pitbull no MMA; confira

Lutador potiguar supera fome, violência e hoje é uma das apostas de Patrício e Patricky Pitbull no MMA; confira

Depois de enfrentar problemas familiares, o que o levou à uma sequência desanimadora no MMA, chegando a acumular três derrotas consecutivas, o jovem peso-mosca Kleberson Souza, o “Klebinho”, de 22 anos, mostrou porque é considerado pelos irmãos Patricky e Patrício Pitbull um dos futuros craques da equipe. No último final de semana, o potiguar triunfou no evento Natal Fight Championship, emplacando a segunda vitória consecutiva e confirmando uma nova fase na carreira.

“Este ano coloquei metas para mim, como evoluir na luta agarrada”, revelou o striker. “Acho que fiz um bom trabalho no Natal FC. Eu sabia que meu adversário vinha para tentar me derrubar e, graças ao trabalho da minha equipe, pude mostrar minha evolução e meu alto nível técnico.”

Agora com um cartel de quatro vitórias, três derrotas e um empate, o atleta da Pitbull Brothers dá início a uma nova jornada: ampliar sua sequência vitoriosa e conquistar oportunidades nos principais eventos de MMA do Brasil e até mesmo do exterior.

“Estou no caminho para me tornar um lutador completo como o Patrício, que tem um estilo de luta implacável. Os próximos passos estão nas mãos dos meus treinadores e eu confio muito no trabalho deles. Sei que preciso evoluir ainda mais minha luta de chão, para, aí sim, me testar nos grandes palcos internacionais”, projetou Klebinho, que, assim como a maioria dos lutadores no Brasil, precisa dividir seu tempo entre treinamentos e profissões convencionais, fazendo alguns serviços informais, como atendente de lanchonete e chapeiro.

Apesar de ainda estar no início de sua caminhada na estrada rumo ao estrelato, o peso-mosca já pode ser considerado um vencedor na vida. Cria da comunidade do Detran, em Natal, o lutador morava com os pais e duas irmãs num casebre de tábuas e lona e convivia diariamente com crime, violência e fome.

“Muitas vezes não tinha o que comer em casa, então saíamos para pedir comida e roupa na rua. Minha esperança aumentou quando conheci, através de um amigo, o Muay Thai, quando eu tinha 10 anos. No início minha família me proibiu de treinar, mas depois mudaram de ideia. Depois fiz Boxe Olímpico e, aos 17, pensei em desistir de ser lutador. Mas um amigo me convenceu de ir dar um treino na Pitbull Brothers. Logo depois do primeiro treino o Patrício e o Patricky me convocaram para o treino dos profissionais e aqui estou até hoje”, concluiu.