Com prata de Mayra Aguiar e bronze de Rafael Baby, Brasil encerra Grand Slam de Düsseldorf com dois pódios
O Brasil fechou sua participação no Grand Slam de Düsseldorf, na Alemanha, no último domingo (23), com dois judocas no pódio. Mayra Aguiar, que defendia o título de 2019, ficou com a prata, enquanto Rafael Silva Baby (+100kg) conquistou a medalha de bronze. Beatriz Souza (+78kg) e Rafael Buzacarini (100kg) também chegaram às disputas pelos bronzes de suas categorias, mas terminaram em quinto lugar.
Essa foi a sétima competição do Judô brasileiro em 2020 com o país chegando à vigésima medalha na temporada. A classificação olímpica vai até o dia 30 de maio e os convocados para Tóquio 2020 serão divulgados nos dias 01 e 02 de junho pela CBJ e pelo COB.
Mayra estreia com pódio na sua primeira competição do ano olímpico
A competição marcou a estreia de Mayra Aguiar no Circuito Mundial em 2020 e a bicampeã mundial começou o ano olímpico com tudo. O caminho até sua segunda final consecutiva em Düsseldorf iniciou com vitória por ippon sobre a equatoriana Vanessa Chala, na primeira rodada. Nas oitavas, a brasileira passou por Alexandra Babintseva, da Rússia, por ippon novamente, e foi às quartas-de-final, onde derrotou a austríaca Bernadette Graff, nas punições.
O duelo de semifinal foi tenso e equilibrado, com Mayra mantendo a agressividade e a concentração em confronto aguerrido com a cubana Kaliema Antomarchi a quem já havia superado outras sete vezes, incluindo a final dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. Depois de forçar duas punições à adversária no tempo normal, a brasileira foi decisiva no golden score e liquidou o duelo com um waza-ari para garantir-se na final do Grand Slam.
Na decisão pelo ouro, Mayra foi para cima de Shori Hamada, mas a japonesa encaixou uma transição para a luta de solo e buscou a imobilização para conquistar o ouro e deixar a prata para Mayra.
Bronze da resiliência para Rafael Silva após fratura na mão em 2019
A segunda medalha brasileira na competição alemã veio com o peso-pesado Rafael Silva, o Baby. Desde o Mundial de Tóquio, em 2019, ele vinha batendo na trave, com quintos lugares em Tóquio, Brasília, Paris e um sétimo em Osaka. Isso porquê, na véspera dos Jogos Pan-Americanos e do Mundial, Baby fraturou a mão durante um treinamento no Japão e, desde então vinha buscando retornar aos pódios do circuito.
A medalha da resiliência chegou para o pesado brasileiro neste domingo, em Düsseldorf, com vitórias sobre Erik Abramov (GER), Pedro Pineda (VEN) e Aliaksandr Vakhaviak, da Bielorrússia, algoz do brasileiro David Moura, na primeira rodada. A única derrota foi na semifinal diante do campeão mundial de 2018, Guram Tushishivili (GEO), com uma punição bastante controversa para o brasileiro.
Na luta pelo bronze, Rafael impôs maior volume de ataques e derrotou Richard Sipocz, da Hungria, nas punições para garantir a medalha.
Buzacarini e Bia ficam em 5º lugar
O Brasil ainda teve outras duas chances de medalha, com Rafael Buzacarini (100kg) e Beatriz Souza (+78kg), que perderam suas disputas pelo bronze e terminaram em quinto lugar, após boa campanha nas preliminares.
As próximas competições da Seleção Brasileira no calendário internacional são o Grand Prix de Rabat, no Marrocos, de 6 a 8 de março, e o Aberto Pan-Americano de Bariloche, na Argentina, de 7 a 8 de março.