Embalado por seis triunfos, Diego Ferreira lamenta pausa por conta da pandemia e cita aspecto financeiro: ‘Bastante difícil’
* Aos 35 anos e lutador de MMA profissional desde 2011, o manauara Carlos Diego Ferreira conquistou a maior vitória da sua carreira até agora em janeiro deste ano, quando finalizou o ex-campeão peso-leve Anthony Pettis em duelo pelo UFC 246.
Ostentando seis triunfos consecutivos e em décimo lugar no ranking peso-leve, Diego Ferreira tinha como objetivo lutar mais três vezes em 2020 e chegar no topo da categoria, porém, viu seus planos serem frustrados por conta da pandemia do novo coronavírus. O brasileiro, inclusive, estava escalado para enfrentar Drew Dober no UFC Oklahoma City, no dia 2 de maio, mas o combate acabou cancelado, com Dober entrando em ação no último dia 13, quando nocauteou Alexander Hernandez no UFC Jacksonville.
“Eu tinha um plano de lutar mais três vezes em 2020, mas como tem muita gente querendo lutar, principalmente agora por conta da pandemia, espero que eu consiga pelo menos mais uma luta para fechar o ano bem”, contou o manauara em entrevista à TATAME, citando o próprio Drew Dober e Paul Felder como possíveis adversários: “Quando tudo isso passar, acho que uma luta boa seria contra o Felder. Ele é o sexto no ranking, um cara gosta de trocação, eu também, então acho que daria um grande combate”.
Porém, se a fase dentro do octógono é ótima, fora dele não se pode dizer o mesmo. Assim como milhares de pessoas ao redor do mundo, Diego Ferreira também vem sofrendo com os impactos da pandemia.
“O impacto pra mim (do coronavírus) foi mais financeiro. Tive que fechar minha academia aqui no Texas (EUA), onde moro, e é uma das maneiras que sustento a minha família. Está sendo bastante difícil, me abate porque eu não consigo dar aula, treinar direito, mas estou dando o meu máximo para ficar em forma para os próximos eventos”, disse o peso-leve, que ainda elogiou o retorno do UFC em meio à pandemia.
“Pelo menos agora (com o UFC de volta) nós podemos lutar, ganhar um dinheiro, o que é importante. É estranho sem os fãs, mas eles seguem acompanhando pela TV, internet, de certa forma estão sempre perto da gente, e acho que sem eles talvez seja mais fácil focar só no combate”, encerrou o manauara.
Atualização: com o estado do Texas começando a eliminar gradualmente as restrições, a academia de Diego Ferreira reabriu e o lutador espera retornar em um mês e meio, segundo o MMA Fighting.
* Por Diogo Santarém