Amanda cita ‘lentidão’ em acordo para luta com Cyborg e dispara: ‘Eu não sei o que está errado’
A negociação para a luta entre Amanda Nunes, campeã dos galos do UFC, e Cris Cyborg, dona do cinturão dos penas, vem se arrastando há cerca de um mês. Essa demora para oficializar o acordo tem gerado uma insatisfação na “Leoa”. Em entrevista ao site MMA Junkie, a lutadora da ATT comentou sobre a negociação e contou que ainda não recebeu o contrato para assinar por parte do Ultimate, reclamando da situação sem definição.
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“Queria essa luta. (Cyborg) nem sequer pensou nisso quando decidi fazer. Eu mandei mensagem para o Dana White e disse que queria essa luta. Estou pronta para subir (de categoria). Queria algo grande para a minha carreira, e decidi que o próximo passo seria a Cyborg. Mas as negociações estão muito lentas. Não sei o que está errado, mas nem vi o meu contrato ainda. Nada é oficial”, disparou Amanda, afirmando ainda que não deseja enfrentar a compatriota em peso-casado e, sim, na categoria até 66kg, a de Cyborg.
“Não quero um peso-casado, vou para 66kg. Não quero fazer isso (cortar peso) por tanto tempo, e já lutei lá (no peso-pena) antes. Tenho que seguir uma dieta para emagrecer, quero tirar uma pequena pausa disso e subir. Acho que esta é a melhor opção para mim agora. Minha primeira luta no Strikeforce foi nos 66kg contra Julia Budd. As coisas funcionaram muito bem para mim, e eles não têm ninguém na minha divisão”, comentou.
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A respeito de Cyborg ser “temida” no MMA feminino, isso não gera “medo” em Amanda. A campeã dos galos disse que tem seu valor e são grandes as chances de sair vitoriosa.
“Sei que ela é poderosa, sei que é uma grande lutadora, mas quando se trata de lutadora, também sou boa. Não estou assustada de entrar na frente dela. Por que estaria? Respeito-a como lutadora, mas sei que tenho grande chance de conseguir o cinturão, com certeza”, projetou Amanda, que vê Conor McGregor como “motivação” para fazer história no UFC.
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“Fiz muito pela divisão de 61kg e partiria o meu coração perder o cinturão e não poder mais defendê-lo. Mas vamos ver se terei que o deixar vago. Vou sentar com Dana White e ver o que ele pode fazer. Adoraria defender os dois cinturões, mas sei que é difícil, talvez tenha que escolher um. Será grande para as mulheres no MMA, por isso estou tão animada. Nunca aconteceu de uma garota disputar dois cinturões. Serei a primeira. Se acontecer, serei a única. Quero isso”, encerrou Nunes, que já tem duas defesas nos galos.
A ideia de uma possível luta entre as duas brasileiras surgiu ainda no UFC 219, último card de 2017. A princípio, apenas Cris Cyborg era contra a realização do duelo, mas a campeã dos penas “aceitou” o confronto e chegou anunciar que o embate seria no UFC 226, dia 7 de julho, na International Fight Week, em Las Vegas (EUA). No entanto, a franquia ainda não confirmou a data e local do embate, e Amanda Nunes segue aguardando por isso.